O final da tarde tingia o céu com tons rosados e dourados, filtrando-se pelas cortinas claras do quarto que Isabella ocupava na fazenda de Dona Flora. Ela estava parada diante do espelho grande, com as mãos apoiadas com delicadeza sobre o ventre já arredondado de seis meses, observando-se com um misto de emoção e incredulidade. O vestido de noiva, um modelo leve, de renda delicada e caimento fluido, moldava-se perfeitamente ao corpo, realçando a nova curva que abrigava o bebê.
Ao seu lado, Antonella ajeitava o véu com mãos cuidadosas, com os olhos marejados.
— Está tão linda… — murmurou, com a voz embargada. — E radiante… igual no dia que me casei com o pai de Lorenzo.