O jardim ainda estava impregnado com a alegria de poucas horas atrás. A grama amassada, marcada pelas corridas e quedas despreocupadas, denunciava que ali havia acontecido um dia de pura felicidade. O ar carregava o perfume suave das flores do canteiro, misturado ao cheiro de terra úmida, enquanto o céu já tingido de tons azul-escuros começava a ceder espaço às primeiras estrelas.
Na varanda, Aurora e o pequeno filhote dormiam profundamente, lado a lado. A menina estava deitada sobre um colchonete improvisado, com as bochechas levemente coradas pelo sol e pelo riso incessante das brincadeiras. Ao lado dela, o cachorro respirava num ritmo calmo, a barriguinha subindo e descendo, como se sonhasse com as corridas do dia. Um cobertor leve os protegia da brisa que começava a soprar, trazendo com ela o som dos grilos e o farfalhar pregui&ccedi