Na adolescência, Liam Kavanagh cometeu o erro de engravidar uma colega de turma, acabando por não só ser pai muito cedo, como se casar também. Agora, cinco anos mais tarde, sem esposa e com uma empresa multinacional nas costas, ele precisava de ajuda para criar seus filhos gêmeos. O que o moreno não imaginava era que ao contratar uma babá de cabelos exoticamente rosados, se apaixonaria por ela.
Leer másLiam Kavanagh se encontrava no escritório da empresa de sua família, na qual comandava, mas diferente do que deveria estar fazendo, seus olhos se encontravam no porta-retrato a sua frente em cima de sua mesa; nela, uma fotografia de ambos seus filhos, juntos e abraçados. Com apenas vinte e três anos, o moreno de olhos ônix era pai de um casal de gêmeos. Apesar de ser muito cansativo, adorava passar as horas com eles ou mesmo apenas colocá-los para dormir, como fazia sempre. Ambos eram muito parecidos consigo, com a única exceção dos olhos, que eram verdes-oliva; a mesma cor dos olhos de sua mãe; se é que podia chamá-la dessa forma, já que a mulher por quem havia se afeiçoado durante a gravidez, havia os abandonado.
Se lembrava como se fosse ontem do dia em que tudo começou.
Havia terminado o colegial, e todos iriam comemorar na casa de um dos colegas de classe. Apesar de seus pais, em especial sua mãe, pedir para que ele não fosse, não os escutou. Sabendo que beberia, pediu para que o motorista de sua mãe o levasse a casa de Ryan Maher, seu melhor amigo, quase irmão, já que praticamente cresceram juntos; seus pais eram amigos desde a infância. Sabia que o lugar estaria cheio, principalmente porque não estavam apenas o terceiro ano na grande mansão, mas também outros alunos da International House.
Assim que chegou e foi visto por três de seus amigos, incluindo o dono da mansão, foi puxado para o open-bar que o Maher havia montado no extenso jardim. A piscina estava aquecida e havia várias pessoas dentro dela; algumas se beijavam sem pudor algum, mas o Kavanagh já estava acostumado com tal cena; ele mesmo já havia feito tal coisa. Desviou os olhos rapidamente ao ser chamado por um outro amigo; sorriu caminhando em direção a ele que tinha um copo com bebida em mãos.
Seu erro começou na bebedeira.
Haviam feito uma competição, e Liam, um playboy que era o mais popular do colégio, não correria nunca de uma, e por esse motivo foi o primeiro a apoiar Connor Fitzgerald, o ruivo de olhos verdes que havia dado a ideia da competição. Não soube quem ganhou, pois havia sido puxado por uma linda garota, beijando seus lábios e tocando seu corpo, e o moreno, sem demoras a levou para um dos vários quartos de hospedes.
E esse foi o segundo erro da noite.
Acordou no dia seguinte com uma ressaca infernal, além de perceber uma garota nua ao seu lado. Soube quem era no instante em que seus olhos bateram em seu rosto; ela era de sua sala e se chamava Lillie Collins. Ela tinha cabelos castanho-claro e olhos verde-oliva, era também a capitã das líderes de torcida e havia sido a única garota daquela equipe que não havia pegado ainda, além da irmã de seu amigo ruivo, Savanna Fitzgerald e a namorada de seu amigo loiro, Aurora Devlin.
Ele não se despediu da jovem.
Ao perceber que ela ainda dormia, se vestiu rapidamente e seguiu direto para fora do quarto, já imaginando o sermão que levaria dos pais por não ter ligado e avisado que não dormiria em casa; e como sempre, ele não se importava. Desceu as escadas e encontrou Connor com uma linda loira que ele não conhecia, e imaginava que ela não fizesse parte da IH já que nunca havia visto aquele rosto antes nas dependências do colégio, encontrou também outros colegas de turma jogados pelo caminho, e imaginou, já que não viu o melhor amigo por ali, que ele continuava dormindo, provavelmente com a namorada agarrada a si, em seu próprio quarto.
Os meses se passaram, e assim como havia prometido ao pai, se focou em seu curso. Seria responsável como nunca tinha sido antes, mas isso não queria dizer que não havia festas e diversões com seus melhores amigos: Connor Fitzgerald, Shay McCarthy, Noah Devlin, e claro, Ryan Maher. Eles faziam o mesmo curso na mesma faculdade. Eram amigos desde crianças, e por seus pais terem uma empresa vinculada, estavam sendo preparados para substituírem cada um deles.
Três meses se passaram, e ele nunca mais havia visto Lillie, ou mesmo a procurou. Seguiu com sua vida e se esqueceu do que houve em um dos quartos da mansão de seu amigo loiro. E ele realmente pensou que nunca mais a encontraria, até que ela apareceu em um dia no qual estava fazendo um trabalho importante na mansão Fitzgerald.
SEIS MESES DEPOIS — Como está a minha garota? Sua aparência evidenciava seus sete meses de gestação. Estava com um barrigão. E mesmo assim, era a visão mais linda para Liam. Naquele momento ela estava de frente para o espelho alisando a barriga por cima do macacão azul-bebê. Seus olhos brilhavam mais do que qualquer outro dia. Ela sempre ficava sempre muito iluminada na gravidez. Antes achava que isso era besteira. Allison parecia um fantasma na gravidez dos seus sobrinhos. Não que ela não estivesse linda, porque seria uma grande mentira, mas não era como com Mia. — Quero dizer, minhas garotas. – Beijou sua barriga e então seus lábios. — Estamos famintas. — Não creio. Isso sim é uma novidade. A mulher de cabelos loiros bateu no marido, e ele riu. Apenas riu. — Eu quero pizza. — Por que eu acho que não é alguma que eu consigo olhar sem que meu estômago revire? Ou o estômago dos nossos filhos. Ela fez um biquinho. — Peça o que quiser, querida. – A beijou. – Seu desejo é um
Liam se sentia o homem mais feliz do mundo. Ele era pai e seria de novo em oito meses. Sim, sua esposa havia acabado de completar um mês. Era cedo ainda. Mais um motivo para ele estar atento a ela. Cuidar dela. E do bebê que chegaria em alguns meses Ele nem acreditava que realmente estava acontecendo. Depois de ela ter confirmado que não estava grávida há dois anos, achou que não fosse mesmo acontecer. E estava conformado com isso. Tinha seis filhos. Estava feliz com seus seis filhos. Os trigêmeos estavam ainda na pré-escola, Bryan ainda era uma criança e ele tinha já dois adolescentes em casa. Estava ótimo. Mas ele se sentia muito feliz por saber que seria pai novamente. Alguns podiam dizer que era loucura, mas para ele não. Não gostava de pensar, mas logo seus filhos maiores estariam na faculdade e provavelmente morando sozinhos. Thomas vivia dizendo que quando começasse a faculdade ele iria querer morar em um apartamento para ele começar a viver a vida dele. Era difícil, mas o com
Mia havia conseguido despistar o marido. Mesmo que contando uma novidade que ela tinha decidido fazer após completar os três meses. Infelizmente não havia conseguido. Mas era por um bem maior. Havia feito uma promessa. Não contar sobre o “namoro”. Não que ela fosse esconder para sempre, mas aquele não era o jeito de ser feito e por isso revelou estar grávida. Ainda se lembrava do choque quando viu aqueles dois tracinhos. Em cada um dos testes que fez. Começou a sentir seus seios muito sensíveis e então o sono estranho, e aí finalmente se deu conta de que estava atrasada. Muito atrasada. Eram dias exaustivos com três crianças de cinco anos, um de oito e dois de quase quinze, e por isso não tinha se dado conta antes. Mas naquela manhã, ela resolveu que faria os testes enquanto o marido ia buscar o presente de Bryan. E então o resultado. — Liam, o que está fazendo? – Perguntou quando o viu procurar alguma coisa dentro do closet. – Eu sei, você ficou chocado, eu também estou, mas não ach
QUATRO ANOS DEPOIS Mia abriu a porta do quarto devagarzinho, encontrando o garotinho de cabelos castanho-claros e olhos azuis-esverdeados. Ele tinha oito anos, mas parecia ter mais. Era tão esperto quanto seus irmãos mais velhos, de quase quinze. Era também uma criança mais fechada. Como o pai. Talvez até mais. Ele era tão novinho quando o adotou. Era uma criança muito machucada. Não tinha um sorriso nos lábios. Os olhos eram tristes. Talvez por saber que foi abandonado por ambos seus pais quando era apenas um bebê. Havia sido tão difícil conquistá-lo, que por quase um ano, ele não se aproximava de ninguém além dela e Liam. Nem mesmo dos irmãos ele conseguia se aproximar. Levou mais ou menos um mesmo tempo para que chamasse ela de mamãe e Liam de papai. Não que isso fosse algo que a deixasse decepcionada, sabia que teria de ter paciência com o filho. Mas se preocupava. Não era normal uma criança ser tão fechada daquele jeito. Ele falava palavras curtas. E agora, com oito aninhos, fala
— Continue, filho. – Ivy pediu. — Bem... – Pigarreou. – Nós vamos adotar uma criança. A surpresa foi geral. — Eu sei que é chocante, nós saímos em lua de mel em menos de um mês atrás e voltamos com essa notícia, que parece ter sido de uma hora para a outra. — E na verdade foi. – Mia confessou. – Do dia para a noite. — Como... que chegaram a essa decisão? Em uma viagem ainda por cima? — Não que estejamos criticando. – Anelise diz rapidamente após as palavras de Luna. — Sim, sim, não estamos criticando, só estamos surpresos demais. – Luna concordou, se explicando. — Eu meio que quase atropelei a criança. — Ai, meu Deus, Mia no volante é um perigo constante. — Cala a boca, Elliot. — Pior que é verdade. – Liam sussurrou para ambos os cunhados, que seguraram uma risada. — Não sei como nós sobrevivemos, não é, Naty? A rosada abriu a boca, indignada enquanto a pequenininha de sua filha ria. — Isso quer dizer que vamos ter um novo irmãozinho? – A pequena estava entusiasma
Vinte dias depois Mia mal esperou o marido desligar o carro para descer e se jogar em cima dos gêmeos, que foram os primeiros a aparecerem na porta de casa. Os apertou em seus braços, encheu de beijos e disse várias vezes que estava morrendo de saudades dos seus “anjinhos”. Desde que ela passou a chamá-los assim, Killian, Lucca e principalmente Luna vinham implicando com ela. Porque eles não achavam que aqueles dois eram dois anjos. Eles eram qualquer coisa, menos anjos. Nunca foram e provavelmente nunca seriam. Mas ela não se importava, para ela, eles sempre seriam dois anjos. Eles entraram na vida dela como anjos para melhorar sua vida, para lhe trazer felicidade, alegria e em especial um grande amor. Seus bebezinhos de um aninho não demoraram a aparecer correndo. Ela se abaixou para poder abraçar os três de uma só vez e beijá-los tanto quanto ela beijou os gêmeos. E enquanto isso, Natalie e Thomas eram paparicados pelo pai, que contava dos presentes que haviam trazido para eles.
Último capítulo