A SEPARAÇÃO
Mark não tomou aquela decisão de pedir meu casamento por impulso. Ele havia se preparado. Havia conseguido um emprego em outro estado, em uma empresa de advocacia que acreditava no talento dele.— Charlotte, vou começar como advogado júnior, mas o salário já é muito bom. E é só o começo. Um futuro inteiro me espera. — disse, segurando minhas mãos com convicção. — E não vou sozinho. Quero você comigo. Nós dois trabalhando lado a lado, construindo nossa vida, nossa casa, nossa família.Meus olhos brilharam naquela noite em que ele me contou. Pela primeira vez, a esperança parecia ter forma, parecia ser real. Eu o imaginei de terno, confiante, defendendo causas, crescendo, e eu ao lado dele, apoiando, sendo sua parceira.Mas nossos sonhos foram podados, esmagados pela ambição e pela frieza dos meus pais adotivos.A recusa deles ainda ecoava em meus ouvidos.— Não. — aquela palavra tinha destruído tudo.Mark saiu da