As Memórias Fragmentadas
Eu tinha acabado de completar dezoito anos quando a mamãe Grace me chamou para sentar na sala. Sua expressão estava diferente — um misto de alívio e nervosismo. Ela segurava uma caixa antiga nas mãos, e só de olhar para ela eu soube que algo muito importante estava prestes a mudar.— Emily, minha filha… — sua voz estava suave, mas firme. — Hoje você já é adulta. Entrou na faculdade, tem sonhos lindos, e eu nunca deixei de acreditar que chegaria esse momento.Ela colocou a caixa sobre a mesa e respirou fundo.— Agora é hora de você saber toda a verdade.Meu coração disparou. Verdade? Que verdade?Grace abriu a caixa, e dentro dela estavam fotografias antigas, joias delicadas, documentos amarelados. Eu reconheci de imediato o rosto sorridente da minha mãe biológica. O coração me deu um salto. Eu nunca tinha esquecido aquele rosto. Eu sonhava com ele. Eu chorava por ele.As lágrimas encheram meus olhos a