A sala da UTI fora ajustada para o encontro. A psicóloga hospitalar e o neurocirurgião estavam presentes, atentos. Charlotte, pálida e frágil, respirava com ajuda mínima, os fios do soro ainda presos ao braço. Os olhos abriam e fechavam lentamente, alternando lucidez e confusão.
Do lado de fora, Emily aguardava com o bebê nos braços, o coração apertado.
Pôde ver de relance quando os quatro homens foram autorizados a entrar — Nicholas, de semblante controlado; Mark, ainda debilitado em uma cadeira de rodas, muito debilitado, mas com um olhar de esperança, e os pais de Charlotte, visivelmente tensos, e com jeito de quem querem aprontar.
Assim que eles entraram, o neuro pediu silêncio:
— Ela acabou de acordar, ainda está sob medicação, evitem provocar emoções fortes.
Charlotte mexeu levemente a cabeça ao ouvir vozes conhecidas.
O olhar dela vagou até fixar em Nicholas, por um instante, o tempo pareceu parar.
— Nicolas, você está aqui— a voz dela saiu baixa, rouca.
Ele se aproximou com