Capítulo 28
Fênix Souza
Acordei por volta das cinco da manhã. O céu ainda estava escuro, um véu de estrelas insistia em permanecer antes da chegada tímida do sol, e o templo estava envolto em um silêncio profundo. Havia apenas o som suave do vento batendo nas folhas da mata ao redor e o respirar tranquilo de Akira, deitado ao meu lado.
Virei o rosto para observá-lo. Dormia profundamente, o rosto sereno, quase angelical, como se os sonhos o embalassem com cuidado. Por alguns segundos, fiquei apenas admirando aquele homem que, de forma inesperada, havia se tornado meu porto seguro. Um calor suave percorreu meu peito — uma mistura de gratidão e amor.
Levantei devagar, cuidando para não fazer barulho. Não queria que ele acordasse e viesse atrás de mim; eu precisava daquele momento só meu, em silêncio, antes que o dia trouxesse consigo desafios.
Caminhei até o banheiro. Tirei minha roupa de dormir e, com um gesto suave da mão, invoquei minhas chamas. A água se aqueceu instantaneamente, cai