Pov Dante Harrison
A cidade parecia respirar diferente naquela noite.
Depois de tudo, lágrimas, confissões, o medo de perdê-la, Isa e Sofia estavam comigo de novo.
Mas eu sabia que o simples fato de estarem ao meu lado não significava perdão.
Eu precisava merecer.
Saímos do apartamento de Olívia. Isa, calada, segurava a bebê com cuidado. Aquele silêncio dela me partia em mil pedaços, porque não era raiva. Era cansaço. Um tipo de exaustão que vem quando alguém ama demais e se decepciona demais.
No carro, eu respirei fundo antes de dizer:
— Não vamos voltar pra mansão hoje.
Ela me olhou, confusa.
— Como assim?
— Eu reservei um hotel. Só por algumas noites. — olhei rapidamente pra ela. — Eu preciso… te tirar de lá, Isa. Daquela casa, daquele peso. Só a gente.
Ela demorou a responder. Então, suavemente:
— E Sofia?
Sorri.
— O hotel tem tudo o que a gente precisa. E se ela chorar, o mundo que aguente.
Um pequeno riso escapou dela, e naquele instante, eu soube que ainda havia esperança.
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