POV Isadora
O café era pequeno, charmoso, com paredes cobertas por quadros coloridos e mesas de madeira rústica.
O aroma doce de cappuccino recém-preparado misturava-se com o barulho suave da máquina de espresso e as conversas baixas dos outros clientes. Escolhi aquele lugar de propósito, buscando algo acolhedor, algo que não gritasse manchetes ou lembranças. Queria apenas normalidade.
Leyla já estava lá quando eu e Olivia entramos. Estava impecável, como sempre, o cabelo escuro solto em ondas cuidadosamente arrumadas e um sorriso largo que, à primeira vista, parecia genuíno. Levantou-se para me abraçar, ignorando por completo o olhar duro de Olivia.
— Isa! — disse ela, com entusiasmo exagerado. — Você está linda, e essa barriguinha… ai, meu Deus, ainda não acredito que vou ser “tia” de verdade.
Sorri sem graça, ajeitando a bolsa no ombro. — Obrigada, Leyla. Você sempre tão doce.
Olivia pigarreou. — Doce? É… um amor.
Os olhos de Leyla cintilaram por um instante, mas o sorriso não vaci