Histórias Curtas & Novelas

No décimo ano do meu relacionamento com Braulio Camargo, ele anunciou publicamente seu romance. Mas não comigo, e sim com uma jovem atriz em ascensão. Os fãs de ambos os lados comemoraram entusiasmados, deixando mais de cem mil comentários e levando o assunto aos trending topics. Em resposta, postei a foto de um anel de noivado e anunciei meu casamento. Braulio me ligou imediatamente: — Apague essa postagem do Facebook. Não tente me forçar ao casamento desse jeito. Você sabe muito bem que minha carreira está em ascensão, que acabei de anunciar meu namoro. Não há a menor possibilidade de eu me casar com você... — Sr. Braulio, o noivo não é você. Se tiver tempo, venha brindar conosco. — Desliguei o telefone. Braulio enlouqueceu. Naquela noite, ele me ligou incontáveis vezes. No dia do meu casamento, ele apareceu de olhos vermelhos e me perguntou se eu fugiria com ele. Respondi friamente: — O quê?... Você acha que isso é romântico? Só um canalha levaria a filha de outra pessoa para fugir?... Que canalha sem noção. Ah... Que alívio.

Casada há três anos, o marido nunca a tocou, mas se masturbava para fotos da irmã dela no meio da noite.​​ Lúcia Alves descobriu por acidente ao ver o celular: ele só se casou com ela para se vingar. Tudo porque, quando ela voltou como a verdadeira herdeira da família, ele pensou que ela queria roubar o lugar da irmã falsa. Desiludida, Lúcia voltou para seus pais adotivos. Mas então, Gustavo Costa enlouqueceu e começou a procurá-la pelo mundo inteiro.

Faltavam apenas três dias para minha cerimônia de marcação quando alguém incendiou a loja de noivas enquanto eu estava do lado de dentro, experimentando meu vestido cerimonial. Alfa Marcus jogou o incendiário na prisão da alcateia, sentenciando-o ao castigo mais severo permitido pelas nossas leis. Eu estava deitada na cama do hospital, com o corpo coberto por queimaduras de terceiro grau, recusando-me a acordar por completo enquanto a realidade da minha desfiguração começava a se instalar. Em meu estado semi-consciente, ouvi Marcus conversando com a bruxa curandeira da alcateia. — Alfa, ainda podemos salvá-la com a magia ancestral! Se deixarmos para depois, Sarah ficará com essas cicatrizes pelo resto da vida! Você só quer a Srta. Rachel como sua Luna na cerimônia... Isso não é apenas injusto - é desumano… — Deixe que ela fique com as cicatrizes. Eu a sustentarei pelo resto da vida, mas, se ela for curada, com certeza causará problemas na cerimônia de marcação. — Prometi à Rachel que o filhote dela seria recebido na alcateia com todas as honras. Só quando Sarah estiver completamente desfigurada ela será grata o suficiente para criar o lobinho de Rachel como seu próprio. As cicatrizes são necessárias - assim, pelo menos, ela não ousará maltratar o filhote. No canto do cômodo, onde ninguém estava vendo, uma lágrima escorreu pela minha bochecha queimada. Então, essa era a verdade: a cerimônia de marcação com a qual eu sonhava não passava de uma mentira. O vínculo de companheirismo que eu tanto desejava seria a minha sentença de morte. Se era assim que tinha que ser, eu daria a ele o que ele queria.

Eu e minha melhor amiga nos casamos juntas com os herdeiros da família mais poderosa da elite. Eu me casei com o irmão mais velho, um gênio da medicina. Ela, com o caçula, um CEO frio e distante. No dia do meu casamento, Daniel Lopes simplesmente desapareceu. Sumiu sem deixar notícias, porque foi ajudar a antiga paixão dele a procurar o cachorro perdido. Minha avó, de tanta raiva e desgosto, sofreu um infarto. Eu ligava desesperada, implorando para ele voltar e salvar a vida dela. Mas ele, irritado, respondeu com frieza: — Isabella, você ficou louca? Tá me dizendo que sua avó tá morrendo só para me forçar a voltar? Você teria coragem de amaldiçoar a própria avó, sua única família, só para me trazer de volta? O cachorro da Nic sumiu, e eu estou ajudando ela a procurar! Casamento? A gente pode fazer outro quando quiser! Naquele dia, o cachorro dela foi encontrado. Mas eu... Eu perdi minha avó para sempre. Chorei até desmaiar. Quando acordei, olhei para minha melhor amiga e, com a voz embargada, perguntei: — Paty, eu vou me divorciar. E você? Ela me abraçou forte, com lágrimas escorrendo pelo rosto, e disse: — Eu também vou! Os irmãos Lopes, quando receberam os papéis do divórcio, choraram tanto que os olhos ficaram vermelhos e inchados.

No dia do seu aniversário, Marília perdeu a única pessoa que realmente esteve ao seu lado: sua mãe. E seu marido? Nem comemorou o aniversário dela. Nem apareceu no velório. Estava ocupado demais indo ao aeroporto... Para buscar o amor da sua vida.

Na véspera da cerimônia de marcação, meu alfa companheiro, Anderson, declarou diante do Antigo Altar que seu primeiro amor, envenenada por toxina lupina, era a verdadeira Luna. Ele envolvia Leah nos braços sob a luz prateada da lua, sorrindo com ternura: — Segundo os costumes antigos, apenas aquela reconhecida perante toda a alcateia pode ser chamada de Luna. Mesmo que Irene seja minha companheira marcada em segredo, ela não passa de uma amante. Abençoados pelos anciãos do clã, Anderson e Leah fizeram seus votos à Deusa da Lua. Houve uma coroação. Um beijo. E a consumação da união. Diante de tudo aquilo, eu permaneci em silêncio. Marquei minha cirurgia de aborto. Dos dezoito até os trinta anos, por doze longos anos, amei Anderson com todo o meu coração. Mas o coração dele... Sempre pertenceu à minha meia-irmã, Leah. Então, eu decidi deixá-lo ir. Fui embora, partindo rumo à Ilha do Gelo Eterno, um lugar remoto, esquecido pelo mundo. Deixei para Anderson apenas um documento oficial dissolvendo nosso vínculo de companheiros… E um presente de despedida. Mas, por alguma razão que nem eu mesma compreendia… Aquele homem, que nunca havia demonstrado se importar comigo, ficou tão devastado que perdeu até a forma humana.

— Srta. Alva, tem certeza de que deseja apagar todas as suas informações pessoais? Após a confirmação... "você" deixará de existir. Ninguém poderá encontrá-la. Alva Oliveira ficou em silêncio por um instante. Seus olhos refletiam uma determinação implacável. Então, assentiu com firmeza. — Sim. É exatamente isso que eu quero. Do outro lado da linha, houve uma breve pausa, marcada por surpresa contida. A resposta veio rápida e direta: — Entendido. Todo o processo será concluído em até quinze dias. Pedimos sua paciência até lá.

Meu noivo Alfa me fez beber uma poção de memória de bruxa no dia da nossa cerimônia de acasalamento para que ele pudesse se vincular com minha meia-irmã. — Serena está sob uma maldição terrível. Apenas se vincular com um Alfa poderoso pode quebrar a maldição. — Aria, você é a única que eu amo. Não quero te machucar, então se você beber esta poção de memória, vai esquecer temporariamente a pessoa que mais ama. Assim que eu ajudar Serena a quebrar a maldição, você pode tomar o antídoto e recuperar suas memórias. — Então vou quebrar o vínculo com Serena e fazer de você a Luna mais honrada da nossa alcateia. Eu não hesitei. Bebi todo o frasco de uma vez. Mas ele não sabia que a bruxa nunca criou um antídoto correspondente. Em sete dias, eu o esqueceria para sempre.

— A senhora tem certeza disso? — Indagou a médica, com um olhar compassivo. — Depois de seis tentativas de fertilização in vitro para conceber esse bebê, Srta. Susana, realmente quer desistir agora? E quanto ao Sr. Nathan, ele também concorda com a interrupção da gravidez? Susana Miranda respirou fundo antes de responder: — Tenho absoluta certeza de que ele vai entender minha decisão. A voz embargada de Susana carregava uma convicção que jamais havia demonstrado antes, resultado de uma madrugada inteira em claro, refletindo sobre sua escolha. — Então, a cirurgia está agendada para a próxima semana. — Informou a médica, folheando a agenda. Justamente no aniversário do casamento deles. Talvez o destino tivesse traçado esse caminho. O que começou naquela data especial, ali mesmo se encerraria. Com a passagem aérea já garantida em sua bolsa, Susana deixou seus dedos percorrerem suavemente a curva sutil de seu ventre. Lá dentro, uma vida ainda em seus primeiros estágios lutava para se formar. Durante cinco longos anos, ela havia alimentado esse sonho, noite após noite. Mas, ironicamente, no exato momento em que seu desejo mais profundo finalmente se materializou, foi a própria Susana quem tomou a dolorosa decisão de abrir mão dele.

Quatro anos de casamento. Uma única assinatura dele me libertou, embora ele jamais tenha percebido o que estava assinando. Eu era Sophia Moretti, a esposa invisível de James Moretti, herdeiro da mais poderosa família da máfia da cidade. Mas, quando sua antiga paixão de infância, a deslumbrante e privilegiada Vicky, voltou, finalmente compreendi: eu sempre fora apenas temporária. Então, fiz minha última jogada. Empurrei os papéis, o divórcio disfarçado de formulários rotineiros da universidade, pela mesa. James assinou sem sequer erguer os olhos, a pena deslizando pelo papel com o mesmo cuidado indiferente que ele teve com nossos votos... Sem notar que estava encerrando nosso casamento. Mas eu fui embora levando mais do que a minha liberdade. Sob o casaco, carregava o herdeiro que ele ainda não sabia esperar — um segredo capaz de destruí-lo no momento em que percebesse o que havia perdido. Agora, o homem que nunca me enxergou está virando o mundo do avesso para me encontrar. Do seu luxuoso ático aos becos mais sombrios do submundo, ele revira cada pedra. Mas não sou uma presa trêmula, esperando para ser capturada. Reconstruí-me além do alcance dele, onde nem mesmo um Moretti pode chegar. Desta vez, não serei eu a implorar pelo seu amor. Será ele quem implorará pelo meu.