Stella é filha Thiffany e Vicenzo, e assim como a mãe, ela tem grandes ambições no mundo da máfia, mas alheia a todas as regras e proibições, ela vive uma vida profana e oculta na tentativa de não decepcionar seu pai ciumento. A jovem atrapalhada faz de tudo para manter o equilíbrio da sua vida que vive saindo da linha entre um problema e outro. Lourenzo Bennaci é seu rival desde a infância, os dois levam sua rixa a níveis perigosos quando acabam cedendo a uma atração iminente. Amor e ódio divididos por uma linha tênue, dois herdeiros da máfia em uma relação carnal, oculta e intensa. - Nada une tão fortemente como o ódio, nem o amor, nem a amizade, nem a admiração. - Anton Tchekhov
Leer más14 ANOS ATRÁS....
Tiro o baldinho de areia no chão, batendo palminhas pelo meu castelo ter dado certo.
—Lorenzo, não vai muito pra lá, hein? fica onde a mamãe possa te ver - Tia safira diz para Lorenzo, ela está sentada na cadeira de praia ao lado da minha mamãe.
Coloco uma bandeirinha vermelha em cima do castelo de areia.
— Mamãe! Mamãe! Olha meu castelo. - olho para ela, dando risada e ela tira os óculos de sol.
— Que lindo, filha. Quando seu pai voltar mostra para ele. - eu balanço a cabeça dizendo sim. Meu papai vai amar o castelo e vai brincar comigo.
Olho para frente e Lorenzo me olha com uma cara feia e depois ri. Eu não gosto dele, levo um susto quando a bola bate em meu castelo, derrubando tudo.
Grito quando a areia acerta meu rosto e braço.
— Mamãe! - falo tirando a areia do corpo e levantando. — Ele fez de propósito!!
— Não fiz nada, tia.
— De novo...- mamãe olha para tia safira.
—Você que é uma chorona, chora por tudo. - Aponta o dedo para mim.
— Eu não sou chorona! - falo começando a chorar, esfrego meus olhos e fico brava pela areia grudada na minha mão.
—Ta vendo, já ta chorando de novo.
—Lorenzo, pede desculpa a Stella. - Tia Safira, manda. Bem feito.
—Mas, mamãe...
—Nada de mamãe, chamar ela de chorona não foi legal. Agora peça desculpas e diga que vai tomar mais cuidado com a bola.
—Desculpa, Stella. - Bufa pra mim. Eu mostro a língua pra ele, ele fez de propósito e não vou desculpar esse feio.
—Chorona e feia.
Levanto do chão, indo até ele enquanto quase tropeço na areia, eu o empurro e Começo a dar tapas em seu braço e costas sem parar.
— eu não sou feia!
— Stella! - A mamãe grita mas eu não ligo e continuo batendo nele.
—Já chega, já chega... - Tia safira fica tentando separar a gente e eu agarro nos cabelos dele, e mamãe me segura.
— Não pode bater, Stella!
— É por isso que ninguém gosta de você. - me mostra a língua.
— Gosta sim!
— Chega. Os dois. Voltem a brincar - minha mãe dá a bola para Lorenzo e o balde de areia pra mim. Eu não quero outro castelo, ele vai estragar.
— Eu vou brincar com o Klaus, ele é muito mais legal que você.
— Ele é meu irmão, não seu! - cruzo os braços.
— Acho que melhora com o tempo...- vejo mamãe dizer para tia Safira. Eu não vou gostar dele nunca! Nunca!
—Ou vai piorar...
—Tia Thiffany, cadê o klaus?
— Ele estava brincando perto da beira do mar. — Ela aponta para frente, meu irmão brinca com a água na beira.
— EU VOU LA FICAR COM ELE, PORQUE ELE É MUITO MAIS LEGAL. - Grita enquanto corre até meu irmão e eu vou atrás.
—Não vai não! - corro atrás dele, tentando alcançar.

6 ANOS ATRÁS....
Desço as escadas correndo, tirando da bolsa meu gloss e um espelho pequeno de bolso. Meu reflexo me faz dar um leve sorriso, eu estou bonita, bonita o suficiente para cumprir meu propósito de hoje. Não é sempre que estou em Florença e essa é a minha oportunidade de finalmente ficar com o gato do Camilo.
— Klaus, Vamos la. - Lorenzo chega na sala, chamando meu irmão.
— Aonde, cara? - Klaus não olha para a cara feia dele e continua prestando atenção na partida de vídeo game que há horas o mantém vidrado na tela, com o corpo grudado no sofá.
—Encontrar com as meninas.
— Vai você. - Ele ganha a partida, jogando as costas no sofá, em animação. Que idiota.
— vou sair. - aviso ao fingir que cheguei agora, já que não tinham notado minha presença. — Se o papai ligar eu estava com você. - Eu não evito de olhar para Lorenzo ao meu lado. Eu não falo nada por um momento, ele está bonitinho. — Tá horroroso. - Comento. ele não precisa saber o que eu acho de verdade, e mesmo que esteja bonito.
— Você que tá horrorosa. Klaus, não vai mesmo? - meu irmão nega com a cabeça. — Beleza, vou ficar com as duas.
— Coitadas. - Reviro os olhos.
—Deixa de ser invejosa.
— Invejosa do que? - faço uma careta. eu deveria é ter pena de quem vai ter um encontro com esse chato. E é por isso eu que eu vou salvar as meninas desse karma, minha mãe me ensinou algo chamado sororidade e vou começar a praticar isso. — Seu amigo vai me levar pra sair hoje.
— Você não vai sair com ninguém, Stella. - Minha cabeça vira rápido para Klaus.
— Ficou doido?
—Deixa, o cara está fazendo caridade.
— Ele faz com o coração...- balanço a cabeça, fingindo lembrar de algo. Eu ainda não tive a sorte de juntar memórias mas hoje eu vou.
— Você é nojenta. - Meu irmão faz uma careta.
— Vocês são nojentos. - corrijo.
— Bom, eu já vou. - Ele diz olhando para o celular. —minhas meninas me esperam.
— Elas estão aí? - sorrio, maldosa. E passo a sua frente, correndo de volta para o hall de entrada. As duas meninas loiras estão vestida quase iguais, são até bonitas.
—Garotas... - A voz dele se ouve atrás de mim, eu sei que ele está sorrindo mas é só por enquanto.
— Oi, meninas. - sorrio para elas. — Podem ficar do lado dele para eu tirar uma foto? - faço sinal com as mãos para que elas se juntem, e pego o celular em minha bolsa.
—Claro.
— Ótimo. - eu aponto a câmera para eles e tiro a foto dos três juntos. Ele me olha estranhando. — Saíram lindas. Agora vou m****r para o meu tio. Sabe como é, a gente tem que fazer ele parecer hetero a qualquer custo, meu tio tem uns preconceitos com sexualidade e o Lorenzo não está pronto para se assumir ainda, então qualquer oportunidade de fazer parecer, estamos ajudando.
— Eu posso ajudar com isso. - A primeira menina deixa um selinho na bochecha dele, credo.
—Boa tentativa, mal amada. - Ele beija a garota. - Eu quase fico irritada com isso, mas Klaus aparece no hall. Se encostando no batente da porta que dá acesso a sala. Nós trocamos o nosso olhar, ele sempre sabe o que fazer quando recebe, assim como eu. Coisa de gêmeos.
— Lorenzo, o Lucas estava te ligando, quer saber quando vai ser o próximo encontro de vocês.
— Que carente, eles se viram ontem. Eu mal dormi com o barulho da cama do Lorenzo batendo na parede.
— Não sei de nada, só responde ele. Tá puto que você não atende. - Ele segura o riso assim como eu. Klaus é um cínico.
— O que? Tô fora. - uma das meninas o olha com indignação.
—Cara, que roubada! - Ela dá a mão a amiga, e juntas andam até a porta.
—O que?! Não, meninas... voltem.
— Tchau, gente! - aceno sorrindo e caio na gargalhada com Klaus.
—Beleza... - Me olha, vingativo. Espero que ele não apronte nada, se não eu corto as partes dele e faço um vibrador.
— Vai ligar para os bombeiros e dizer que você está pegando fogo de raiva? - Pergunto quando ele disca alguns números no celular.
—Oi. Camilo. então, eu liguei porque a Stella pediu pra avisar que não vai poder sair... É ela ta com coceira... Eu acho que é catapora. Você nunca teve? É melhor ficar longe então, só para garantir.
Abro a boca em O, avançando nele para tentar pegar o celular, com direito a trilha sonora da risada do meu irmão.
— Você ta dando uma festinha? Beleza, Ja pode ir ficando com Jade... Stella não se importa, ela falou que ta tudo bem. Ja chego ai... Tchau. - Desliga a chamada do aparelho.
— Eu odeio você! - Dou um tapa forte em seu ombro que não o move, mas para compensa me causa uma dor na palma da mão.
—Da próxima vez, Não se meta comigo.
— Eu vou na festa também.
—Não dá, você está com catapora.
— Eu tiro tudo pra ele me examinar e ver que não tem nenhuma bolinha vermelha.
— Tchau. - Klaus faz uma careta e volto para sala. Eu peço desculpas mais tarde por ele ter que ouvir isso.
— Vai ter que esperar sua vez, pelo que eu vi, ele ja comecou os trabalhos com a Jade. Mas você pode ficar na porta do quarto e esperar ela sair.
— Ou posso participar com eles... - sorrio, sugestiva. Eu sempre quis fazer um ménage e está aí minha
oportunidade.
—Ou sobrar...
— Vamos ver.- pego as chave do carro de seu bolso e corro para o lado de fora da mansão.
— Olha só como estão lindos. - Paro em um solavanco junto a ele quando vemos tia Safira.
— Oi tia... - Sorrio amarelo. Aí que droga, espero que isso não atrapalhe meu ménage.
— Vão sair?
— Vamos no cinema. - balanço a cabeça em positivo. —ver um filme que ele quer...que filme é? - Franzo o cenho.
—É uma sessão especial, relembrando os sucessos de antigamente. Vamos ver, a freira... Stella se identifica muito com a personagem.
— Ah, sim. Depois vamos assistir debi e Loide, ele se sente como se ele mesmo tivesse escrito o roteiro.
—Os dois juntos no cinema? Vocês sabem que eu comando uma máfia, não é? Não sou tão boba assim.
— Estamos de trégua. - explico.
—São as festa de fim de ano, espírito natalino.
— Que bom, vamos curtir o espírito natalino em casa. - nos puxa de volta para dentro. O ar quente do lado de dentro sopra em meu corpo, e a sensação de aprisionamento e ménage perdido me atinge.
— Eee - levanto as mãos em uma falsa animação.
— Não façam essas caras, acontece que Daniel está recebendo uma carga muito importante e muito arriscada, por isso ele fechou a cidade por hoje.
— São drogas?! - olho, animada.
— Algo um pouco mais perigoso.
— Armas? - tento novamente.
—Mais perigoso.
— Um álbum de fotos do Lorenzo para jogar de um avião em um ataque terrorista?...
— Quando você e o papai vão me levar para a entrega dos carregamentos?
—Quando você estiver pronto.
—Mas eu estou.
— Não está, nenhum dos dois está.
— E quando vamos estar? - Eu pergunto.
— Quando não traçarem planos para ir a festas. - Ela sorri, e nosso sorriso morre no rosto.
— Como você sabe? ...- Franzo o cenho.
— É por isso que sou capo e vocês dois são os aborrecentes... Ja sabem? Se fugirem, ficam de castigo o resto das ferias. - Ela sai, nos deixando sozinhos no hall.
— Odeio você. - digo para Lourenzo.
—Se você não fosse invejosa e tivesse me deixado ir, a gente não estaria aqui... Ta vendo, lunática?
— Já estou satisfeita de você não ter conseguido seu encontro.
—Então somos dois.
"As estações podem mudarMas nós não vamos mudarNão é doce como já sabemos disso?Inverno até primaveraPrimavera de volta ao outonoNão é legal como nada muda aqui?Você me faz sentir que sou invencívelExatamente como eu queriaNão mais uma vela ao ventoNão é como se eu fosse invisívelNão como antes, quando eu estava queimando nas duas pontasFizemos por diversão, fizemos de graçaEu fiz por você, você fez por mimFizemos pelos motivos certos"- Yosemite, Lana del ReyOrlando, 11:28AM— Senhora, não posso fazer nada. Só crianças podem entrar fantasiadas, para assim não confundirem com os personagens que são funcionários do parque.— Não vão me confundir! Ou você já viu a branca de neve grávida?! - Bato o pé, apontando para minha barriga levemente protuberante.— Regras. Se quiser e
GABRIEL LEONE."Vivendo em um mundo de sonhos, como eu tive tanta sorte?Oh baby, tudo é real?Sempre me perguntei o que eu estava sentindo faltaA bandeira quadriculada não significa que você terminou, ohEu consegui tudo o que eu queriaEu construí uma casa na colinaTodas as minhas paixões cumpridas, viram rápido como um preenchimentoToda essa tristeza e culpa, agora eu só quero relaxar"Somos fechados na mesma cela e respiro fundo.— Pelo menos estamos juntos. - falo em um tom zombeteiro, tentando fazer uma brincadeira mas com um grande fundo de verdade. Óbvio que eu prefiro luxo e conforto porém a companhia dela me faria aguentar a estadia em qualquer lugar.— Nós vamos morrer...e nosso bebê? - Sua voz embargada está cheia de aflição. Estamos aqui juntos mas não podemos ficar.A seguro pelos braços delicadamente, tentando passar conforto e confi
GABRIEL LEONE."Você me viu e isso te pegou de surpresaUma única lágrima escorreu de seus olhosEu não sei por que eu fujoVocê poderia ter me perguntado por que eu parti seu coraçãoVocê poderia ter me dito que desabouMas você passou por mim como se eu não estivesse ali…Me aceite de volta porque eu quero ficarGuarde suas lágrimas para outroGuarde suas lágrimas para outro diaSim, eu parti seu coração como alguém partiu o meuGarota, me aceite de volta porque eu quero ficar" — Save your tearsStella entra no meu quarto de hotel com uma expressão não muito boa e balança os ombros.— Eu falei com ela, e ela não vai desistir, Gabriel. Então acho melhor já ir se arrumar porque vamos a cerimônia na igreja sem ser convidados.— E se formos barrados? - Arqueio a sobrancelha.— Quem nos ba
"Será que esse é o início de uma história que acabou de começar?Será que eu sou a mocinha dessa história?Será que é por isso que qualquer coisa que eu penso vira canção?Será que eu vou lembrar desse dia, um dia quando esse tempo passar?Será que um dia lembrarei, que um dia imaginei, que um dia lembraria desse dia?"- A dona da história, Clarice falcãoNesses dias o que a vida fez muito bem, foi entregar desgraças. Suzana perdeu o bebê, e eu senti muito por isso, e eu senti não só como tia mas por sempre sentir na pele as dores de Klaus, e desta vez também senti por Suzy como mãe, porque eu tenho um filho na barriga e não consigo imaginar como seria doloroso o perder do dia para a noite. Ele a levou para casa quando recebeu alta, a levou café na cama todos os dias, a deu um presente novo a cada minuto, longe dele achar que isso diminuiria a dor dela, também não diminuía a dele mas era o que ele pod
"Nós duas somos efeito colateralDe um acidente de trem propositalQue não matou ninguém, mas foi quase fatalEntão me dá sua mãoToma um chopp comigo, vagabundaQue eu sei a vagabunda que eu souRepara que conexão profundaDe ter compartilhado um mesmo amorMe dá seu telefone, inimigaQue é só você que vai compreenderAquela agonia na barrigaMe liga, que eu tô que nem você"— Vagabunda, Clarice falcãoEncaro o anel brilhante que reflete a luz no meu dedo anelar.Flashback on— Sei que ama o Bennaci, e você também sabe que isso não é o suficiente para estarem juntos. Ele está com outra agora, e acho justo você seguir a sua vida também ao invés de se lamentar por ele como fez por um tempo, não vi você fazendo mais isso só que eu não sei o que se passa na sua cabeça e se passou a fazer isso em silêncio. Você é minha melhor amiga, eu te conheço bem e v
GABRIEL LEONE."Sou egoísta, eu seiMas não quero mais ver você com eleSou egoísta, eu seiEu te disse, mas sei que você nunca escutaEspero que você possa entender o estado em que ficoEnquanto ele está tocando sua peleEle está exatamente onde eu deveria estarMas você está me fazendo sangrar"— Woman, Harry styles.Saio do escritório e dou de cara com a minha mãe.— Já sabe que Stella voltou a sícilia ontem?— Não...- mordo a bocheca, interessado. — Com Lorenzo Bennaci?— Não, sozinha. Parece que ele não a perdoou, pelo que Thiffany disse, Stella está chateada por ele não a ter perdoado. - cruza os braços. — Sabe o quão errado eu acho o que fez.— O que eu fiz? - Franzo o cenho.— Levou Stella para cama enquanto ela estava bêbada, não sabia o que fazia e você se apr
Último capítulo