AlonzoOs dias seguintes foram um inferno. Nada parecia certo. Nem o café, nem os relatórios, nem a própria respiração. Eu tentava me distrair com o trabalho, mas tudo me levava de volta pra ela. A maneira como saiu do escritório, o olhar ferido, a voz trêmula dizendo que só queria paz. Paz. Eu nem sabia mais o que essa palavra significava.No primeiro dia, enfiei a cabeça no trabalho. Reuniões, contratos, ligações, números, projeções. Tudo para não pensar em Antonella. Mas era impossível. Cada vez que olhava para a cadeira dela na sala de reuniões, aquela onde costumava sentar calada, com o laptop aberto e o olhar fixo nos gráficos, eu lembrava que ela não era só uma sócia, nem só uma mulher bonita. Era a única pessoa que ainda me fazia sentir alguma coisa.Na manhã da quarta-feira, Letícia entrou na sala com um monte de pastas e o tom de sempre, confiante, mas tenso.— Aqui estão os relatórios de Montreal — ela disse, pousando os papéis sobre a mesa.— Deixa aí. — respondi, sem le
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