Antonella
O celular vibrou pouco depois das oito da manhã.
Uma mensagem curta.
— “Podemos conversar hoje à noite, depois do trabalho?”
O nome dele na tela me fez sorrir antes mesmo de ler o conteúdo. Alonzo não mandava mensagens fora de assuntos empresariais. Nunca. Li mais de uma vez só para ter certeza de que não estava imaginando.
Durante o dia inteiro, senti o estômago revirar entre ansiedade e esperança. No escritório, ninguém precisou me perguntar o motivo do meu bom humor, eu mesma não saberia explicar sem parecer boba.
Às cinco, fechei o notebook, fui para casa, dispensei Giulia de cozinhar hoje e fui direto para a cozinha da mansão.
Não pedi ajuda. Quis preparar eu mesma o jantar. Um gesto simples, mas cheio de significado. Se ele realmente queria conversar, talvez fosse o primeiro passo de algo que eu esperava desde o início.
Escolhi massa fresca, molho de tomate artesanal e o vinho preferido dele, o mesmo que eu nunca abri sozinha. Enquanto mexia o molho, pensei no que diri