O relógio marcava 8h em ponto quando Rafael entrou na sala de reuniões com o café que Lívia havia prometido. A cidade ainda despertava lá fora, mas dentro da VittaFran o ar já estava denso. Camila o esperava com a pasta vermelha sobre a mesa, o rosto sereno, os olhos atentos.— Trouxe café. — disse ele, pousando a caneca à frente dela.— E eu trouxe o tempo. — respondeu ela, abrindo a pasta. — Precisamos alinhar datas.Lívia chegou logo depois, cumprimentou os dois com um aceno leve e sentou-se. O gesto era simples, mas Rafael percebeu: ela estava tentando manter distância emocional do que ainda não entendia.Camila começou a projetar uma linha do tempo na tela. Anos, fases, nomes, departamentos. Tudo parecia burocrático, até que ela fixou um ponto luminoso no gráfico.— Aqui — disse, com calma cirúrgica —, está o período de observação de campo. Março a junho. Virou-se para Rafael. — Curioso como sua data de ingresso oficial foi em julho, mas os relatórios com sua assinatura com
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