Três semanas depois da confissão, a VittaFran parecia outra empresa.Os corredores voltaram a ter risadas, os e-mails voltaram a ser apenas sobre metas e prazos, e até o ar tinha cheiro de começo.Era como se uma tempestade tivesse limpado o céu — e, por alguns dias, todos acreditaram que a calmaria seria permanente.Lívia voltava a sorrir sem medo.Agora, quando entrava em uma sala, não se sentia observada — se sentia vista.O respeito vinha de algo novo: verdade.E a verdade, ainda que doída, é magnética.Rafael, de volta à rotina, parecia mais leve.Havia aprendido a respirar.Não precisava mais ser o homem que controlava tudo — bastava ser o homem que sentia.Os dois andavam juntos pelo prédio sem precisar disfarçar o vínculo, e, curiosamente, isso diminuía o falatório.Quando o amor é verdadeiro, até o escândalo se cala.Naquela manhã, enquanto ajustavam um novo programa de treinamento, ele se inclinou e disse, baixinho:— Lembra quando eu te observava?Ela riu. — Prefiro quando
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