22. CONTINUAÇÃO
Da porta do seu quarto, Ilán, onde permanecia trancado, ouviu tudo o que acontecia. Mais tarde, a babá Marina completaria isso para ele. Segundo o que ela mesma lhe contou, apertou a bolsa de maçãs contra o peito, sentindo seu pulso nas têmporas. Cada palavra trocada com Amaya era um passo em um campo minado; cada resposta, uma tentativa de evitar uma explosão. Mas por dentro, a determinação de Marina era um fogo ardente, inextinguível. — Senhora, se me permite insistir —disse Marina com uma voz trêmula que escondia mal sua preocupação—. Minha presença pode ser o que Ilán precisa para recuperar o ânimo e comer. As enfermeiras fazem seu trabalho, mas não podem lhe dar o amor que eu posso oferecer. Amaya a olhou com uma mistura de irritação e desprezo, mas em seus olhos viu um vislumbre de dúvida. Apesar de sua frieza, havia algo na insistência de Marina que tocava uma fibra dentro dela. — Não precisamos de mais dramas, Marina —respondeu finalmente Amaya, com um tom que pretendi
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