ALEXIA DINIZ Eu estava no apartamento, afundada no sofá, a mente revivendo cada detalhe da cena no camarim. O grito de Daniela, a forma como ela se jogou, o olhar de pânico de Matteo, e a total ausência de um olhar para mim. A dor da traição era quase física, e a sensação de que ele havia acreditado nela, ou pelo menos agindo como se acreditasse, me sufocava. O som da chave na fechadura me fez sobressaltar. A porta se abriu, e Matteo entrou, o rosto ainda tenso, mas com um alívio visível em seus olhos. Minha respiração ficou presa na garganta enquanto eu o observava, esperando pela sua reação, pelo seu julgamento. — O bebê está bem. — Ele disse, a voz cansada, mas com um suspiro de alívio. — Eles a examinaram e disseram que está tudo certo. Eu assenti, a voz ainda estava presa. A notícia, embora boa para a criança, não aliviava o peso no peito. Matteo me observou por um instante, seus olhos procurando os meus. Ele se aproximou, hesitante, e se sentou na beirada do sofá, não perto
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