O dia havia sido intenso, mas diferente. Pela primeira vez, Helena não se sentia em guerra com o mundo. A coletiva havia sido bem recebida, os dados entregues por Gabriel estavam sendo analisados, e a Imperium parecia respirar um ar novo — mais leve, mais honesto.Mas o que realmente a fazia sorrir era o que vinha depois. A noite. Arthur.Ela chegou ao apartamento dele por volta das oito, ainda vestindo o blazer da reunião, os cabelos presos, o olhar firme. Mas ao cruzar a porta, tudo nela começou a se desfazer. Como se o corpo soubesse que ali, naquele espaço, ela podia ser só Helena. Sem escudos. Sem armaduras.Arthur estava na cozinha, preparando algo simples — vinho, queijo, pão quente. Ele a olhou com aquele sorriso que ela já conhecia bem: o sorriso que dizia “você chegou, e agora tudo está certo”.— Achei que você fosse querer silêncio — disse ele, servindo duas taças.— Eu quero. Mas com você dentro dele.Arthur se aproximou, entregando a taça, e tocou levemente a mão dela. O 
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