Lavínia acorda confusa, mais uma vez, não sabe onde está. Ela respira fundo e tenta se mexer, mas sente algo prendendo-a à cama. Ao olhar para baixo, percebe que está amarrada. As cintas grossas de couro envolvem suas pernas, tronco e braços, impedindo-a de se mover um milímetro sequer. Desesperada, percorre o quarto com os olhos. Este lugar é diferente do anterior: as paredes ainda são brancas, mas o material é outro. Não há janelas, e a porta de ferro é grossa como uma parede. No quarto, não há nada além da cama onde ela está e outra, mais à frente; o teto é alto, e as lâmpadas emitem uma luz diferente. Também não há interruptor. Claramente, o quarto foi feito para prender pessoas, não para tratá-las. Lavínia pensa em gritar, mas, assim que abre a boca, Allister entra, empurrando a porta como se fosse feita de papel. Os dois se encaram por alguns instantes, e ele se aproxima. - Está mais calma? _ Ele pergunta com voz baixa e suave, como se tentasse não assustá-la. - O que está
Ler mais