Elara*Quando acordei naquela manhã, ainda estava nua, marcada, perdida no emaranhado de tecidos da cama. Minha pele latejava, como se cada centímetro fosse lembrança da noite anterior. O cheiro dele impregnava meu corpo, pesado, masculino, impossível de ignorar. Cassian estava por toda parte em mim — nos meus lábios ainda sensíveis, na carne dolorida e satisfeita, na memória quente de como ele me tomou.Virei a cabeça para o lado, esperando encontrá-lo ali. O espaço vazio queimou como uma afronta. Claro que ele já não estava. Era típico dele: intenso na entrega, frio no amanhecer.Engoli em seco, obrigando-me a me erguer. O corpo reclamou, mas não ia me render à melancolia. Não mais. Vesti-me às pressas, sufocando o calor que insistia em me percorrer, e saí. Do lado de fora, meus olhos o encontraram ao longe. Estava com Castor, os traços mais duros que de costume. Endireitei as costas, como se quisesse me proteger de algo invisível.Na tenda dos feridos, mergulhei no trabalho. Deixar
Ler mais