Eu não sabia como respirar direito. O peito subia e descia em um ritmo que não me obedecia, como se cada célula do meu corpo ainda estivesse tentando compreender o que tinha acontecido. Estava deitada nos braços de Russ, sentindo o calor da pele dele, o som grave e constante de sua respiração, o peso da mão que descansava sobre a minha cintura. Eu me entreguei. A palavra girava na minha mente como se fosse perigosa demais para ser dita em voz alta. Eu me entreguei… a ele. Ao homem que me deixa confusa, irritada, fascinada, louca, viva. Ao homem que vive escondendo feridas atrás de regras, que parece controlar cada passo, mas que, quando estamos juntos, perde a lógica. E, apesar do mistério que ele carrega como se fosse parte de sua essência, eu sabia que não conseguiria mais ficar longe dele. Eu não queria. Virei o rosto devagar, encontrando os olhos dele fixos em mim. Russ não sorriu, mas também não precisou. Aquele olhar já dizia tudo que eu não conseguia traduzir. Olhe
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