Os dias foram passando, lentos e cinzentos, como se o mundo tivesse entrado em uma espécie de pausa incômoda. Desde que deixei a cafeteria, minhas manhãs pareciam longas demais, e as tardes, intermináveis. Eu tentava me ocupar: mandava currículos, comparecia a entrevistas, fingia estar no controle. Mas, por dentro, tudo estava desorganizado. Russ tinha sido gentil — como sempre. Ofereceu-me um cargo em uma das empresas dele, algo administrativo, com horários flexíveis. Disse que eu teria tempo para cuidar da Cori e ainda estudar, se quisesse. Eu agradeci, prometi pensar, mas a verdade é que me senti pequena diante da generosidade dele. Não queria me apoiar na boa vontade dos outros, mesmo que fossem pessoas queridas. Queria provar a mim mesma que ainda podia me erguer sozinha. Enquanto eu tentava decidir o rumo da minha vida, Jesse me chamava a atenção para algo que, no começo, não me pareceu alarmante. — Tori... a Cori anda meio quietinha ultimamente. Disse que se cansou rápi
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