O silêncio da sala de reuniões era quase solene. O projetor ainda iluminava parte da parede com os últimos slides que Lívia havia apresentado, e o som distante do ar-condicionado preenchia os vazios da conversa. A cada segundo, ela sentia o peso da presença de Leandro Fonseca, o homem que, até então, parecia inalcançável e imponente, mas que agora se mostrava de uma forma que jamais imaginara. Ele ajeitou os óculos sobre o rosto, respirou fundo e, em tom grave, iniciou: —Primeiramente, gostaria de pedir desculpas à senhorita Lívia pelo ocorrido em nosso clube. Com certeza é algo inadmissível, e quero que concluam a denúncia formalmente na delegacia. A frase caiu como uma pedra no meio da sala. Arthur, sentado à mesa, franziu a testa, surpreso. Ele jamais esperaria tal postura do CEO. Todos na empresa sabiam que Leandro tinha fama de homem duro, pragmático, alguém que preferia abafar escândalos a lidar com eles de frente. Mas ali estava, colocando o assunto sobre a mesa de forma dir
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