AnaO táxi seguia pelas ruas iluminadas da cidade, mas minha cabeça estava em outro lugar. Encostei a testa no vidro frio, tentando controlar a respiração que ainda vinha em soluços curtos. Minha mão apertava a minha bolsa como se aquilo fosse a única coisa que me mantivesse no presente.Foi então que percebi. Um dos bolsos estava vazio. Minhas mãos, trêmulas, procuraram dentro da bolsa loucamente, entre os meus documentos e algumas maquiagem que agora estavam sujas. Nada. Revirei tudo, desesperada, até que a ficha caiu: meu celular tinha ficado lá atrás, no meio da confusão com Mark.— Não… não, não, não! — sussurrei, a voz quebrada.Senti meu estômago afundar. Era como perder uma parte de mim, como se aquele aparelho fosse a última linha entre eu e a normalidade. Todas as mensagens, as ligações, as memórias… e, pior, Mark poderia ter pegado.Passei a mão pelo rosto, secando lágrimas que insistiam em cair, e tentei pensar numa solução. Mas eu não conseguia raciocinar. Minha mente só
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