Ele sorri, suave. Seu manto azul brilha à luz das velas que não existem ali, mas a impressão é essa. Sua presença é quase sobrenatural, como se iluminasse o quarto inteiro sem que a luz tocasse nada. E ele diz apenas: — Olá, Emma. Finalmente. — Quem é você? — é tudo que consegue sair da garganta, seca e trêmula, a voz falhando sob o peso do choque. O coração parece martelar dentro do peito, como se quisesse escapar, e a mente se recusa a aceitar o que vê. Pisco, tentando afastar a sensação de estar delirando. Ele parece banhado por luz de velas, mas não há velas, e ainda assim a impressão é real demais para ser ignorada. — Vocês ainda não contaram para ela? — a pergunta dele é um choque que puxa Emma de volta para a realidade, obrigando-a a encarar seus pais. Os olhos deles estão arregalados, uma mistura de medo, culpa e algo que ela não consegue decifrar. — Mãe? Pai? — chama-os, a voz quase sumindo — o que está acontecendo? Alguém pode me dizer? — Ela percorre o olhar por tod
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