Narrado por MaitêAbro os olhos devagar, sentindo o calor de braços firmes envolvendo minha cintura. Está escuro, mas meu olhar busca o relógio na parede: 3h00 da manhã em ponto.Minha cabeça lateja e, por um segundo, fecho os olhos novamente. O cheiro que sinto é inconfundível… é o do Lorde. A fragrância dele, misturada com o calor do corpo, me traz uma estranha sensação de segurança. É esquisito estar tão perto dele assim, porque durante o dia, ou quando tem outras pessoas por perto, ele se transforma. Fica mais reservado, mais frio, como se precisasse levantar muralhas para se proteger ou esconder algo.Meu estômago ronca alto, e eu prendo a respiração por reflexo, com medo de acordá-lo. Com cuidado, deslizo os braços dele para o lado e me levanto em silêncio. Vou até a cozinha, acendo a luz fraca e começo a montar um lanche simples: pão com presunto e queijo, e um copo de refrigerante gelado.Mas, ao me virar, quase tenho um treco.— Caramba, que susto! — exclamo, com a mão no pei
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