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Todos os capítulos do A Mãe do Meu Filho — O Amor Que Eu Esqueci
: Capítulo 101
- Capítulo 110
142 chapters
####CONFISSÃO DE BRIANA
O silêncio reinava no corredor envidraçado do hospital, onde a luz da manhã começava a filtrar com timidez. No quarto de espera, Briana estava sentada ao lado de Philipe, que mantinha o olhar fixo no monitor que exibia os sinais vitais da Ashley durante a coleta da medula. Ambos estavam cansados, mas alertas. Era um momento de espera, de fé... e de decisões.Briana respirou fundo, ajeitou as mãos no colo e então falou, com a voz baixa, quase como um sussurro:— Philipe... Eu tenho algo para te contar.Ele virou-se devagar para ela, franzindo a testa, um pouco surpreso pela seriedade do tom.— Algo grave?Ela hesitou por um instante, como se buscasse coragem para continuar.— Eu só... espero que você me perdoe. Mas eu precisava fazer isso para salvar a vida do Christian.— Me perdoar? — ele repetiu, confuso. — Do que você está falando, Briana?— Você não achou estranho o exame da Ashley dar noventa e nove vírgula
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####COM O PSICÓLOGO
O Tempo da VerdadeBriana estava sentada em uma das poltronas da ala de atendimento psicológico do hospital, as mãos apertando a borda da bolsa como se procurassem apoio. A assistente havia avisado que o psicólogo-chefe do setor clínico logo a atenderia. E ela precisava muito dele.A porta se abriu com suavidade. Um homem de semblante sereno e olhar acolhedor estendeu a mão.— Sra. Briana? — ele disse com empatia. — Sou o doutor Samuel Esteves. Por favor, entre.Ela levantou-se, agradecendo com um leve sorriso.Assim que se sentaram, ela foi direta, porém cuidadosa:— Doutor Samuel, eu preciso de ajuda profissional para lidar com uma revelação muito delicada. Há vidas envolvidas, e uma delas está sob meu cuidado. A revelação pode alterar não só o emocional, mas até mesmo o físico. E eu temo colocar tudo a perder se agir de forma precipitada.O psicólogo ouviu atentamente, inclinando levemente o corpo, mostrando-se dispon
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####Entre o Destino e a Verdade
Philipe voltou ao apartamento do hospital com o peso do mundo nos ombros. A conversa com o doutor Samuel havia acalmado parte de sua ansiedade, mas a inquietação ainda queimava em seu peito.Ashley ainda não havia retornado da sala de recuperação, e o quarto parecia silencioso demais.Ele caminhou até a janela, olhou a cidade desperta lá fora e passou a mão pelos cabelos, pensativo."Como contar isso a ela? Como explicar que o homem que ela nunca conheceu... estava tão perto? E mais: que agora, por uma ironia divina, foi salvo por ela?"Respirou fundo. Pegou o celular.Era hora de ligar para quem mais podia ajudar. Os avós.Discou. Esperou. A voz doce e familiar da avó atendeu.— Oi, meu querido! Como estão as coisas? A Ashley já saiu do procedimento?Philipe engoliu seco.— Ainda não, vó... Mas... eu precisava falar com vocês. Urgente. É sobre algo que... eu não esperava. Ninguém esperava.Ler mais
####Chegada dos avós
Chegada dos avós da Ashley ao hospitalO helicóptero pousa.Ethel, apesar do medo, desce firme ao lado do marido.Samuel (ou vovô Sam) segura sua mão e murmura:— Eu sei que você odeia voar, mas a nossa menina precisa de nós.A mãe do Philipe os aguarda na pista e se aproxima com suavidade.— Senhor Samuel? Dona Ethel?— Sim.— Eu sou a mãe do Philipe. Ele pediu que eu viesse recebê-los. Ele está esperando vocês.Eles se entreolham com alívio.— Como está a nossa neta?— Ela está sedada. A anestesia já passou, mas os médicos disseram que era melhor deixá-la descansar com a medicação, para não sentir dor. O procedimento foi delicado, mas correu bem.Samuel respira fundo.— Graças a Deus.A mãe do Philipe os leva pelos corredores do hospital até o andar reservado. Philipe está sentado próximo à porta do quarto onde Ashley descansa.Ao ver os avós, ele se levanta e os abraça com reverência e emoçã
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####Despertar e Intuições
A claridade da manhã filtrava-se pelas cortinas brancas, suavemente ondulando com a brisa do ar-condicionado. Ashley abriu os olhos lentamente, sentindo um leve peso no corpo — não de dor, mas de cansaço. Seu braço ainda estava com o acesso venoso, e o zumbido de um monitor cardíaco marcava seu compasso de vida.Ela olhou em volta, os olhos levemente enevoados pela medicação. Viu Philipe ao lado da cama, sorrindo ao notar que ela despertava.— Ei... — ele disse com a voz baixa, pegando com delicadeza a mão dela. — Está me ouvindo?Ashley assentiu, tentando falar, mas a garganta seca não permitiu. Ele rapidamente pegou um copo com canudo e a ajudou a beber alguns goles de água.— Onde estão os meus avós? — ela perguntou depois de um tempo, a voz rouca. — Eles não estavam aqui?Philipe sorriu.— Estavam. Eles ficaram o tempo todo esperando você acordar. Só saíram agora há pouco para ver o Ben, nosso pequeno, que está lá n
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####PARECER DO PSICÓLOGO
O restaurante do hospital estava tranquilo naquela hora da manhã. As luzes suaves e o aroma de café fresco ajudavam a aliviar a tensão no ar. Briana e Philipe atravessaram o salão juntos e, ao virarem o corredor, avistaram uma figura conhecida sentada à mesa do canto, com um copo de café entre as mãos e alguns papéis organizados à frente.— Olha só quem está aqui — comentou Philipe, com um meio sorriso.— Psicólogo tomando café... — completou Briana, esboçando leveza apesar da tensão.O doutor os notou e acenou com a cabeça.— Bom dia! — disse ele, com simpatia. — Sentem-se, por favor.— Bom dia — respondeu Philipe, puxando a cadeira. — Não tive tempo de tomar café em casa, e achei que aqui seria a melhor pausa.— Eu também pensei o mesmo — brincou o psicólogo. — O café daqui é forte o suficiente pra manter a sanidade nesse hospital.Todos sorriram, quebrando o clima denso do assunto que se aproximava.— Doutor
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####A VERDADE E O AMOR
A luz suave da tarde atravessava as grandes janelas do quarto hospitalar, refletindo nos lençóis brancos e nas flores delicadas que a equipe de enfermagem havia deixado ali. Ashley estava acordada, os olhos um pouco cansados, mas atentos. Quando a porta se abriu, ela sorriu ao ver seus avós entrarem com olhares ternos e emocionados.— Vovô,vovó...— sussurrou com esforço.Sam se aproximou e beijou sua testa com carinho, enquanto Épel ajeitava a coberta sobre os pés dela.— Meu anjo... nós viemos te ver, estávamos esperando você despertar — disse a avó, acariciando-lhe os cabelos.— Como você está se sentindo, minha neta? — perguntou o avô, segurando-lhe a mão com firmeza amorosa.— Um pouco de dor mas suportável — respondeu ela, respirando devagar. — Mas vocês têm alguma notícia do marido da Briana? Do paciente que recebeu minha medula?Briana, que havia acabado de entrar com o psicólogo, aproximou-se suavemente.— Ainda
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####O Medo de Perder o Pai
Philipe saiu do quarto em silêncio, fechando a porta com suavidade. Seu semblante estava sereno, mas os olhos ainda carregavam a emoção do que acabara de ouvir da esposa. Ao avistar o psicólogo, os avós de Ashley e Briana no corredor, fez um gesto discreto com a cabeça.— Doutor... vovô, vovó... Briana... podem entrar agora. Ela quer ver vocês.Antes que atravessassem a porta, o doutor o segurou brevemente pelo braço.— Ela está bem para conversar?— Está sim. Emocionada, claro. Mas muito lúcida... muito mais forte do que qualquer um de nós esperava. — Philipe fez uma pausa e respirou fundo. — Eu queria falar com o senhor um minuto antes. A Briana também pode ouvir.O grupo se afastou alguns passos da porta e o doutor acenou com a cabeça.— Diga, Philipe.— A Ashley — ele limpou a garganta. — Ela não está com raiva. Não está magoada com ninguém. O que está sentindo agora é um medo profundo... um medo de perder
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####Um Presente Chamado Esperança
A Promessa de um ReencontroNaquela manhã de sexta-feira, Briana se aproximou da porta do quarto dos filhos, batendo de leve antes de entrar. Os gêmeos já estavam acordados, sentados à beira da cama, conversando em voz baixa.— Posso entrar? — perguntou com doçura.— Claro, mãe — respondeu Samuel, endireitando a postura.Ela entrou, sorrindo, e se sentou entre os dois.— Como vocês dormiram?— Ansiosos — disse o irmão de Samuel, com um leve sorriso no canto da boca. — Hoje é o dia.— É sim. Mas antes, vocês precisam ir à escola. Eu busco vocês mais cedo, conforme combinamos, e então vamos comprar os presentes. À tarde, visitamos a Ashley.Samuel assentiu, compreensivo.— Nós entendemos. E tudo bem, mãe. Só não esquece de vir um pouco antes mesmo. A gente quer tempo para escolher algo especial para ela... e para o sobrinho também.— Eu não vou esquecer — garantiu Briana, acarician
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####IRMÃ
Quarto de Recuperação – Sexta-feira Depois da doce conversa com Benjamin por chamada de vídeo, Ashley ainda enxugava discretamente as lágrimas quando Patrick se sentou ao lado dela na cama, segurando sua mão com carinho.— Amor — ele disse com um sorriso tranquilo —, eu já confirmei com a equipe médica. Amanhã você vai ter alta.— Sério? — os olhos dela se acenderam de alegria. — Eu vou poder voltar pra casa?— Vai sim. — Ele assentiu, fazendo carinho no dorso da mão dela. — Mas precisa me prometer uma coisa: nada de esforços. Você vai estar liberada, mas ainda precisa de repouso. A sua imunidade ainda está baixa. A ordem dos médicos é descanso absoluto por uns dias.— Eu prometo — ela respondeu, rindo. — Vou obedecer direitinho. Até porque estou com saudade de casa… do Benjamin… de você.Patrick a puxou suavemente para um beijo na testa.— Eu também estou com saudade de ter você do meu lado, todas as noites.E
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