Ela…Depois da tempestade, os dias seguiram em uma rotina quase mecânica, mas com um peso mais leve. Klaus não era de muitas palavras, mas algo em sua postura havia mudado. Ele estava mais presente, mais atento. Não me olhava como antes, com raiva ou frieza. Havia algo mais ali, talvez uma sombra de arrependimento, mas também algo novo que eu não sabia nomear. Eu ainda mancava, mas estava recuperando minha mobilidade. Não dava para ficar o tempo todo parada, sabendo que precisava ajudar.Quando tentei carregar alguns cocos para perto do abrigo, Klaus apareceu do nada e tomou a carga das minhas mãos sem dizer nada. — Eu consigo sozinha, sabe? — comentei, um tom defensivo escapando na minha voz. Ele olhou para mim, os olhos fixos como se tentasse decidir se valia a pena responder. Por fim, apenas murmurou: — Você não precisa fazer tudo sozinha. Foi um comentário simples, mas que ficou ecoando em mim. Tantas vezes, mesmo antes de estarmos presos nessa ilha, eu tinha me
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