Ela…
A noite estava mais silenciosa do que de costume, como se a própria natureza estivesse segurando a respiração.
Eu deveria ter percebido isso como um mau presságio, mas estava cansada demais para pensar em qualquer coisa. O vento sussurrava suavemente entre as árvores, e o calor da fogueira parecia ser o único conforto naquele momento.
Klaus estava do outro lado, mexendo no estoque de carne seca que ele havia feito nos últimos dias.
Ele parecia satisfeito com o resultado do nosso trabalho, e, pela primeira vez em muito tempo, eu também me sentia em paz.
Mas a calmaria não duraria muito.
Foi quando ouvi o primeiro som.
Um farfalhar baixo, algo movendo-se entre os arbustos.
Meu corpo congelou, e meus sentidos ficaram em alerta.
Era um som que eu não reconhecia, um som pesado, diferente do vento ou do barulho de pequenos animais.
— Você ouviu isso? — perguntei, a voz quase um sussurro.
Klaus ergueu os olhos, a expressão instantaneamente alerta.
Ele largou o que estava