A noite terminara, mas a sensação de ser tomada e possuída ainda vibrava dentro de Céline. Quando despertou, estava sozinha na cama imensa, lençóis escuros e bordados com fios de prata se enroscando em seu corpo nu. O calor dele parecia ter ficado impregnado ali, como se cada dobra de tecido guardasse um suspiro ou um gemido da noite anterior.Ela se sentou devagar, sentindo o peso dos próprios músculos, a pele sensível em lugares que antes nunca haviam sido tocados com tanta brutalidade e reverência. O quarto estava silencioso, mas o ar ainda parecia denso, como se carregasse o eco dos gemidos abafados pela madrugada.Céline vestiu uma túnica de linho branco deixada sobre a cadeira. O toque macio do tecido parecia um consolo para a pele marcada de mordidas e carícias. Tentou pentear os cabelos com os dedos, mas desistiu. Os cabelos estavam embaraçados, lembrando-a de que, de alguma forma, ainda era selvagem por dentro — mesmo depois de tudo.Quando
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