A porta de vidro ainda nem tinha fechado e Elize já avançava pelo corredor da emergência com os olhos arregalados e o coração na garganta. — Meu sobrinho! Gael... ele caiu, quebrou o braço… ele tá com a mãe dele! — disparou para a atendente, ofegante. Henrique teve que acelerar o passo pra acompanhar. Nunca tinha visto Elize daquele jeito. Nem mesmo nos piores dias do escritório. Ela tremia. Literalmente tremia. E a voz, firme por fora, tinha um traço de desespero por dentro que era impossível de ignorar. — Senhorita, precisamos do nome completo e do número da ficha médica — disse a atendente com a calma de quem já viu tudo. — Gael Andrade! — respondeu, rápida. — Ele chegou há menos de meia hora. A mãe é Camila, Camila Andrade. Ele caiu jogando bola, disseram que o braço dele tá... — Calma, moça — a enfermeira cortou, já buscando o nome na tela. — Ele já está em atendimento. Foi medicado, está bem, mas está sedado por causa da fratura. Vão chamar vocês assim que puderem entrar.
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