Ela apenas assentiu. Ainda sentia o peso dos olhares, das palavras, do nome dele. Mas também sentia o conforto da presença dele ao lado. Elize entrou primeiro, os olhos fixos na paisagem da janela, e Henrique logo atrás, em silêncio. O carro deslizou pelas ruas iluminadas, cortando a noite como se não houvesse pressa de chegar s lugar algum. Os primeiros minutos foram mudos. O tipo de silêncio denso, cheio de perguntas sem coragem de sair, de palavras presas na garganta. — Eu… — começaram os dois ao mesmo tempo. Eles se olharam, surpresos, e riram. Aquela risada pequena, cúmplice, que alivia e aproxima. — Vai você — disse Henrique, com um gesto de cabeça, os olhos atentos aos dela. Elize respirou fundo, juntando coragem. — Eu só queria agradecer. Por tudo. Pelo vestido, pelo convite… pelo colar. Eu sei que você não tinha obrigação de nada disso. — Não fiz por obrigação. — A resposta dele veio rápida, firme. — Fiz porque queria. Ela mordeu o lábio, desviando os olh
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