Ela permanece ali, imóvel por um momento, como se reunisse coragem para falar. O silêncio entre nós é denso, quase incômodo. — Me desculpe, senhor Damian... mas eu preciso ir pra casa. — Sua voz é baixa, e ela evita meus olhos, focando nas próprias mãos. — Minha amiga deve estar preocupada. Agradeço por tudo que fez por mim, mas... aqui não é o meu lugar. Respiro fundo, controlando a frustração que ameaça escapar. — É melhor que você fique por aqui, pelo menos até descobrirmos quem fez isso ou a mando de quem. Ela ergue os olhos devagar, confusa, vulnerável. — Eu não entendo... Por que alguém me faria mal? Eu não sou ninguém. Não tenho dinheiro, não tenho nada que alguém possa querer. Um suspiro escapa de seus lábios, como se admitir aquilo doesse mais do que ela gostaria. — Nem tudo gira em torno de dinheiro, Diana — digo com firmeza. — Às vezes é só... maldade. Ou conveniência. Você precisa descansar. Ligue pra sua amiga, explique o que aconteceu. Se ela quiser te ver,
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