Fiquei pensando em como mantê-la ainda mais próxima, como prendê-la de vez ao meu alcance, e foi aí que veio a maldita ideia da promoção. Uma jogada sutil, mas eficaz. Com um cargo maior, ela teria mais responsabilidades... mais tempo sob meu controle. Além disso, eu saberia exatamente onde e com quem ela estaria. Amanhã farei a proposta.

Sem mais nada a resolver naquela noite, sigo para casa. Mas, mesmo no silêncio do meu apartamento, ela continua invadindo meus pensamentos. Não posso permitir isso. Não posso me deixar afetar.

Tomo um banho gelado, tentando espantar a tensão, e me forço a focar nos documentos que trouxe. Me perco no trabalho por horas, até me dar conta do horário, ela provavelmente já está em casa. Pego o celular e, num impulso que nem sei de onde veio, envio mensagens, inclusive de voz.

Não sou o tipo que manda áudios. Nunca fui. Mas ela ouviu. Vi o aviso. E não respondeu. Isso só pode significar que a atingi de alguma forma. Ótimo. Um ponto a meu favo