Carrego Diana pelos corredores como se ela fosse feita de vidro e, naquele momento, é exatamente assim que ela parece: frágil demais para suportar o mundo. Funcionários se afastam ao me ver passar, alguns perguntam o que houve, mas ignoro todos. Minha única prioridade agora é ela. O peso do corpo dela nos meus braços não é nada comparado ao que se instala dentro de mim: a sensação sufocante de que falhei em protegê-la.
Falhei.Como? Quando?Ela estava bem esta manhã. Cansada, sim, mas não assim. Não... desmoronando.Chego à ala da enfermaria e a enfermeira se levanta de imediato ao me ver.— Chame o médico. Agora. Ela desmaiou, está com dificuldade para respirar. Pode ter sido alguma reação. Rápido! — minha voz soa fria, controlada. Mas só por fora.Deito Diana com cuidado na maca. Suas pálpebras tremem, mas não abrem. O peito dela sobe e desce em um ritmo irregular. Uma veia pulsa forte em meu pescoço enquanto observo os enfermeiros agirem, aferem a pressão,