Ele não tem o direito de me manter presa nessa casa. Ainda que a intenção fosse me proteger... ainda que ele tenha me salvado.
Eu te odeio, Damian Stark. Digo em voz alta, como se isso bastasse para afastar o que estou sentindo. Volto para o quarto que ele indicou e, assim que entro, tranco a porta com firmeza. Meus passos começam a percorrer o espaço de um lado para o outro, inquietos. Eu preciso sair daqui. Cada canto dessa casa, por mais luxuoso que seja, parece um lembrete de que estou longe do meu mundo, da minha liberdade. E se ele estiver por trás disso tudo? A dúvida me consome. Nada faz sentido. A gentileza repentina, a mudança de comportamento, as mensagens... a insistência em me manter aqui. Meus pensamentos são interrompidos pelo toque do celular. Corro até a bolsa jogada na poltrona e vejo várias chamadas perdidas. Berta. — Merda — murmuro, com o coração apertado. Ela dev