A cerimônia foi íntima, elegante e calculada — como tudo o que envolvia os Moretti e os Bennett. Trinta convidados, nenhum passo em falso, uma celebração que mais parecia uma reunião de acionistas do que um casamento. O vestido de Emma era deslumbrante, feito por ela mesma, costurado em silêncio nas noites solitárias em seu ateliê, enquanto pensava na vida que a aguardava com Lucas Bennett. Um tom marfim perolado, moderno, de mangas longas rendadas e corte reto, simples o suficiente para não parecer uma princesa infantil, sofisticado o bastante para uma mulher que sabia exatamente o que queria.Lucas usava outro de seus ternos sob medida. Sério, bonito, e irritantemente blasé. A cerimônia durou vinte e cinco minutos. A aliança foi colocada em seu dedo com a mesma frieza com que se fecha um contrato. O beijo foi leve, ensaiado, e nem chegou aos lábios — encenado para as câmeras como um gesto simbólico. Emma não se surpreendeu. Esperava menos que romance, queria ao menos respeito. E, po
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