As outras concubinas a evitavam como se fosse uma praga. Kora a olhava com nojo constante. — Prostituta de alma baixa — murmurava baixinho, cruel. — Só porque ele a usa, acha que tem valor. Eliara fingia não ouvir. Mas cada palavra era como um corte profundo. Cada olhar de desprezo, uma ferida aberta. Ela, uma ômega comum, sem linhagem nobre, sem privilégios. Na corte, isso a colocava muito abaixo das outras. Valkar, Alfa lúpus puro, rei absoluto, dono do poder e da força, era o único que podia reivindicá-la — e fazia isso sem pudor. Mas ele nunca a defendia. Nunca. Um dia, após uma noite sem um único gesto de carinho, ela tentou falar. Sentada nua nos lençóis frios da cama real, sussurrou com voz trêmula: — Eles me odeiam. Elas me odeiam. Você me odeia... Valkar acendeu um charuto com calma, soltando a fumaça pesada no ar. Olhou para ela com a frieza implacável do alfa dominante. — Eu te amo — disse, quase zombando. — Mas isso não muda quem você é. Ela riu, um som se
Leer más