Ponto de vista de Salvattore BianchiO ódio era uma entidade viva dentro dele.Salvattore caminhava entre os escombros do galpão, passos firmes, metódicos, como quem segue o próprio destino com os olhos flamejando. As mãos seguravam a arma com firmeza, mas era o sangue pulsando em seu crânio que denunciava o verdadeiro perigo — não era a bala que matava, era o que ele carregava dentro de si.Quando avistou Genaro, o mundo ao redor pareceu emudecer. O tempo parou.— Não atirem. — ordenou aos seus homens, a voz grave e cortante. — Ele é meu.Genaro tentou recuar, o olhar vacilante denunciando que, naquele instante, soube que sua vida havia chegado ao fim. Mas Salvattore não deu espaço para súplicas. Avançou como um predador, cada passo impregnado da dor que Genaro causara — em Chiara, em Matteo, em Erich... e, acima de tudo, em Rafaella.Os olhos se encontraram e Salvattore sentiu algo quase primitivo subir pelo seu peito: um ódio ancestral, milenar, gravado em seu sangue italiano. Ele
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