Ponto de vista: Matteo BianchiA casa principal estava silenciosa demais para um lar que, até pouco tempo, transbordava vozes femininas e risos discretos entre uma reunião e outra. Agora, só Chiara permanecia ali — um símbolo de tudo que Matteo temia perder.Ele andava pelo corredor central com passos pesados, as mãos cruzadas nas costas, o olhar atento a cada sombra, a cada rangido do piso de madeira antiga. Desde a morte da mamma, o mundo parecia desbotado. As paredes que antes guardavam o calor do lar agora apenas ecoavam lembranças — e, com a fuga de Genaro, até essas memórias pareciam ameaçadas.Chiara estava sentada na biblioteca, os olhos fixos nas páginas de um livro que claramente não lia. Matteo a observava de longe, encostado no vão da porta, sem anunciar sua presença. Ela parecia frágil, mas ele sabia — ou precisava acreditar — que havia fogo dentro da irmã. Ainda assim, o fantasma do atentado recente, a ameaça de traição e a presença constante do perigo pareciam pressiona
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