O porão da mansão Sokolov não era conhecido por misericórdia.As paredes grossas abafavam qualquer som. Lá dentro, a luz era fraca, o ar úmido e pesado, e o silêncio cortante era quebrado apenas pelas correntes que prendiam Sergei à cadeira de aço no centro da sala.Mesmo preso e sabendo que que não iria sair dali vivo, Sergei não demonstrou nenhum medo ou revende mento, seu olhar era vazio e sem vida, como se a muito tempo tivesse morrido.Maxin o observava em silêncio há longos minutos. Um silêncio cruel, como o de um predador que saboreia o medo da presa antes de atacar.Sergei sangrava.Não por cortes profundos, ainda. Mas pela surra que levou ao ser capturado. Seu rosto estava inchado, o nariz quebrado, os lábios rachados. E mesmo assim, ele sorria.— “Você demorou, Maxin,” disse com a voz arrastada, cuspindo sangue no chão. — “Esperava algo mais… imediato.”Maxin cruzou os braços, os olhos frios como aço.— “Quero que dure.”— Quero que sofrais como fez minha Amélia sofrer, vo
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