Leon continuou falando sobre seu passado, às vezes entre risos meio desconcertados, outras em meio a um pigarro que, claramente, tentava disfarçar mais dor do que ele gostaria de admitir.E, de algum jeito, eu via uma nova camada dele se desenrolar bem na minha frente. Uma que eu nunca sequer cogitei existir.— E o que te fez parar? — perguntei, girando o garfo no prato, enrolando um fio de macarrão no molho branco e bacon, tentando parecer casual. — Digo… só se você se sentir confortável pra falar, claro.Ele apoiou os cotovelos na mesa, encarou a própria mão por uns segundos, e então soltou um suspiro que parecia pesar uns cinquenta quilos.— Ah, Stella… — passou a mão na nuca, olhando pro lado como quem fala mais consigo mesmo do que comigo. — Eu não sei porque, mas com você… minhas armaduras parecem simplesmente… se dissipar.Ok. Respira, Stella. Respira.Ele voltou a olhar pra câmera antiga, que ainda estava no centro da mesa, girando distraidamente a lente desgastada.— Me afast
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