O sol da tarde entrava pelas grandes janelas do hospital, dourando o chão encerado e projetando sombras longas sobre as paredes brancas. Era um contraste quase cruel com o que Abigail sentia por dentro.Sentada na beira da cama, já vestida com roupas comuns, ela ouvia os últimos cuidados que a enfermeira explicava — recomendações sobre repouso, alimentação, pontos, medicamentos. As palavras chegavam aos ouvidos dela, mas pareciam distantes, como se estivessem acontecendo em outro lugar.Luiza, ao lado, ouvia atentamente cada detalhe, fazendo perguntas e anotando tudo num pequeno bloco. Marcos estava próximo à porta, com os braços cruzados, a expressão fechada. Sérgio permanecia em silêncio, encostado discretamente à parede, os olhos atentos a cada reação de Abigail.— Você está liberada, Abigail. — disse a enfermeira, com um sorriso delicado, embora cauteloso. — Qualquer sinal de tontura, sangramento ou dor forte, volte imediatamente. E tente descansar… o máximo que puder.Abigail ass
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