Carolina BorgesOuvir o Bruno me contar o que a Juliana sofreu foi doloroso. Amo demais essa família, que se tornou a minha também depois que comecei a namorar ele, e irei ajudá-la. Quero ver todos nós vivendo em tranquilidade outra vez.O Bruno termina de me dar banho. Sim, ele está muito mais protetor depois do meu "pequeno passeio". Com a pancada, ainda sinto uma vertigem. Ele me ajudou a levantar da banheira, me secou e me pegou no colo.Aproveitei para me aconchegar em seus braços, sentindo o seu cheiro, que me causa uma sensação maravilhosa: a certeza de lar e excitação ao mesmo tempo. Ele me colocou na cama com cuidado.— Vou até o closet pegar uma cueca. Você quer algum pijama? — Dou-lhe meu melhor sorriso e ele confirma com a cabeça.— Quero uma camisa de botões sua. Preciso me sentir novamente protegida por você. — Ele parece ficar orgulhoso com minhas palavras, se aproxima e sussurra:— Querida, sempre vou te proteger. Vou lá pegar para você. Imagino que queira só dormir ag

Carolina BorgesAssim que chegamos em casa, iniciamos uma pequena festa. As duas avós babam tanto no Arthur que ele precisa de banho. Nosso pequeno é muito amado por todos, e faremos de tudo para protegê-lo de qualquer pessoa.O Cláudio leva a Juliana para o quarto descansar. Eles passaram quase uma semana internados e estão cansados. Minha mãe e minha sogra ficam responsáveis pelo pinguinho enquanto meu irmão e a Ju repousam. Antes de deitar, minha cunhada tira um pouco de leite para que ele não sinta fome.Enquanto nossas mães cuidam do Arthur, Bruno decide que vamos até a boate buscar o Dunga. Ele se tornou uma pessoa de confiança para meu irmão nos últimos tempos, e confio no seu discernimento.Assim que chegamos ao estacionamento, vejo um homem grande, de calça jeans e um terno que claramente esconde uma arma na cintura. Ele já nos espera para levar o carro que deixamos no hospital até a loja onde será blindado. Esse carro ficará com o Cláudio e sua família, e nós ficamos com o q

Bruno AlcântaraContinuo olhando pelo monitor e pela parede de vidro, tentando encontrar o homem que machucou o rosto da minha deusa.— Olha ali no bar, Cláudio! É ele, aquele de blusa verde. Chame os seguranças e peça para que o tragam aqui. — Mostro para meu cunhado, para que reconheça o idiota que mexeu onde não devia.— Vou chamá-los agora. — Cláudio sai do escritório atrás dos seguranças que ficam sempre por perto.Indico quem é Lucas, e eles partem para trazê-lo. Acompanho tudo pelo monitor, mas percebo que ele não está mais no lugar onde estava. Volto à parede de vidro, olho para a pista de dança e o bar, e não o vejo em lugar nenhum.Onde esse filho da puta se meteu? Uma raiva começa a subir pelo meu peito.— Bruno, cadê ele? Estava ali ainda pouco, o cara sumiu! — Cláudio me pergunta, tão impaciente quanto eu.— Acho que ele só entrou aqui para mostrar o quanto pode chegar perto de nós. — Que merda. O que o Lucas planeja, me deixando mais louco do que já estou?— Não se preoc

Carolina BorgesJá faz um mês que o Bruno teve aquele pesadelo. Na manhã seguinte, consegui fazê-lo contar o que o deixou tão apavorado durante o sonho, a ponto de se debater tanto. Demorou, mas convenci.Quando ele me contou, tive outro mal-estar. Minha sogra me ajudou, e minha mãe correu para chamar o Cláudio. Todos queriam me levar ao hospital, mas gritei que não iria.— Vocês acabaram de ser emboscados e acham que eu vou me pôr em perigo com esse psicopata à solta? Só saio de casa se for realmente necessário. Já estou bem, foi apenas o susto.— Mulher teimosa — Bruno reclamou, sentado ao meu lado, com a mão no meu cabelo, enquanto me ajudava a me sentar no sofá.Minha mãe se abaixou na minha frente, com uma xícara de chá, e começou a falar.— Filha, sonhei que estávamos todos à mesa, em um lugar lindo, com um mar tão azul… A mesa estava farta e as casas eram todas brancas, com telhados azuis. Você estava com uma fatia de melancia, tão vermelhinha, e comia com tanto gosto que dava

Carolina BorgesA semana passou corrida e tranquila, um fato que, por si só, nos preocupa. Lucas nunca deixou de se fazer presente: seja por envelopes com fotos, ligações para casa ou aparições repentinas na boate. Infelizmente, nunca conseguimos pegá-lo. Júlio, nosso chefe de segurança, demonstra irritação com a situação.Ele já nos alertou várias vezes: deve haver um informante perto de nós. Ele confia na equipe de seguranças e nós confiamos nele. Mas quem estará passando informações sobre a casa para o Lucas?Hoje é dia de consulta e vacina do nosso Arthur. Pedimos que Fátima viesse ajudar Tânia, a cozinheira que contratamos. Nem eu, nem Bruno queremos nossas mães na cozinha, então achamos melhor ter alguém para isso.Após o café, ainda estamos à mesa, conversando e decidindo os detalhes do passeio com o Arthur.— Bruno, vou com eles. Aproveito e passo na joalheria para ajustar a corrente do Arthur. Tenho certeza de que foi a babá que a danificou.Ele aceita, ainda que a contragost