Bruno Alcântara
Acordo e minha Deusa não está na cama. Vou até o banheiro e abro a porta devagar. Comecei a ouvir vozes: era Carol e dona Clarice conversando. Ouço apenas a parte em que ela conta que sabia sobre o que aconteceu com a Carol, o que causou a vinda dela para o Rio.
Isso me deixa satisfeito. A pior coisa é conviver com um segredo e não poder compartilhá-lo com quem amamos. Sei que agora a Carol vai se sentir mais leve, e isso me deixa orgulhoso dela. Não perco a oportunidade de dizer isso.
Hoje acordo com a notícia de que Juliana e Arthur receberam alta. Vamos buscá-los depois do café. Entro no box e mudo a temperatura da água para fria, na esperança de espantar a preguiça que sinto. De repente, sinto um par de mãos no meu abdômen. Percebo que ela está rindo com o rosto colado nas minhas costas.
— Estou sentindo você rir nas minhas costas. Me diga o que te fez acordar de tão bom humor assim?
Ela solta uma gargalhada.
— Minha mãe me perguntou se lavo minhas calcinhas nos go