Lucas Pena
Fico furioso quando vejo aquela marrentinha saindo do hospital com outro homem segurando meu filho. Era meu lugar, não o dele. Mas agi com pressa e, antes disso, fui um idiota.
Há quase dois anos, pedi Juliana em namoro e a chamei para morar comigo no morro. Ela recusou, dizendo que me via apenas como um amigo, que era muito nova para morar com alguém. Queria estudar, não viver no meio do tráfico. Na hora, a raiva tomou conta de mim. Roubei um beijo e a prendi contra a parede. Ela tentou se soltar, e quando me suplicou que a deixasse ir, eu a libertei. Nunca mais a vi, até alguns dias depois do sequestro.
Quando mandei meu primo sequestrá-la, pedi que a trouxessem direto para mim. Sabia que o Bruno a procuraria, então mudei de ideia. Ordenei que a levassem para outro lugar e, se fosse necessário, dessem um corretivo nela. Em nenhum momento pedi que a violentassem.
Depois que o Bruno me procurou, fui até o barraco onde ela estava. Meu primo não estava lá, mas me disseram que