A água quente ainda acariciava minha pele quando o silêncio do quarto se tornou quase palpável. Eu afundei mais na banheira, deixando que a água suja escondesse meu corpo submerso, enquanto minha mente girava em círculos, presa às palavras que Damon havia sussurrado horas antes. A mordida. Um laço íntimo. Algo que, segundo ele, ultrapassava qualquer ligação humana comum. Uma parte de mim se sentia nervosa com a revelação, mas outra — mais forte e difícil de ignorar — se sentia empolgada. Havia uma beleza estranha na ideia de pertencer a alguém daquela maneira. De ser marcada, de ser... desejada daquele jeito tão primal. Quando ergui os olhos, encontrei Damon. Ele estava encostado na parede, braços cruzados sobre o peito, como uma sombra viva me observando. Não com luxúria ou impaciência, mas com aquela calma perigosa que parecia ser parte dele. O olhar menos vermelho, quase... doirado, mesmo suavizado pela penumbra, jamais deixava de carregar um peso invisível que me puxava para
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