As folhas do outono dançavam com o vento, riscando o chão do parque com seus tons dourados e avermelhados. O céu estava claro, o sol filtrava-se entre as copas das árvores com suavidade, criando uma atmosfera pacífica e quase mágica. Crianças corriam entre os brinquedos, pais conversavam nos bancos, e entre os risos e o farfalhar das árvores, ali estavam elas, Sophia, Antonella, Hanna e a pequena Nora.Marie observava de longe.Encostada à sombra de um carvalho robusto, trajando uma boina preta e óculos escuros, quase invisível entre os vultos do parque, ela se camuflava como uma testemunha silenciosa de algo que, em sua mente distorcida, deveria ter sido seu.Sophia empurrava suavemente o balanço onde Nora ria, enquanto Hanna, com sua energia incansável, corria em volta, inventando um jogo que envolvi

 A manhã em Manhattan amanheceu cinzenta, coberta por um manto espesso de nuvens que pendia baixo sobre os prédios. Giovanni Bianchi atravessou a entrada principal da sede da Bianchi Corporation com a  habitual precisão de seus passos. O sobretudo preto, sob medida, caía pesado sobre os ombros largos. O cabelo loiro estava perfeitamente penteado para trás, e os olhos,  frios como o aço temperado, não perdiam nada.No elevador privativo, ajustou levemente os punhos da camisa branca por baixo do terno cinza-chumbo, enquanto revisava mentalmente os pontos da reunião. Nada em Giovanni era casual. Ele operava como um relógio suíço: silencioso, elegante, implacável.A sala de reuniõe

 Giovanni entrou no quarto de Nora com o coração amolecido. O choro da filha já havia cessado, e ele a encontrou sentada no berço, esfregando os olhinhos com os punhos fechados, a fraldinha amassada na mão e o cabelo cacheado todo desgrenhado.— Piccolina… — murmurou ele, se aproximando devagar. — Você sentiu falta do papai, hein?Nora soltou um som baixinho, uma mistura de soluço e riso, esticando os bracinhos curtos na direção dele. Giovanni a pegou com delicadeza e a aconchegou contra o peito. Ela encostou o rostinho no ombro dele, suspirando de alívio, como se aquele colo fosse o único lugar seguro no mundo.Ele caminhou com ela nos braços, embalando com movimentos suaves, murmurando em italia

 Giovanni envolvia Nora com suavidade, os dedinhos pequenos abraçando instintivamente seu pescoço. Ela descansou a cabecinha no peito dele, ainda um pouco sonolenta, mas completamente segura. O coração de Giovanni disparava por inteiro naquele momento. Cada respiro dela contra a sua pele o fazia sentir-se revigorado, apesar da noite intensa e do peso do cotidiano.Caminhando com passos lentos, quase ritmados pela respiração da filha, ele atravessou o corredor em direção ao quarto principal. A porta abriu-se em silêncio, um aviso suave ao casal de que ali, em instantes, uma nova cena de amor e ternura estava prestes a se desenrolar.Sophia estava saindo do banheiro,  quando percebeu Giovanni entrando com Nora, o coração dela se encheu de um calor avassa

 A manhã amanheceu suave sobre a casa de Blanca. Raios tênues de sol entravam pelas janelas da cozinha, revelando um ambiente aconchegante: toalha com delicados bordados, xícaras pendendo das prateleiras, o cheiro reconfortante de pão e café fresco. O vapor do leite esquentava a chaleira e acentuava o aroma acolhedor, o tipo exato de cenário que abraçava todos num só instante.No centro desse conforto familiar estava Sophia, Giovanni tinha ido para a empresa e tinha deixado a esposa e a filha na mãe. Blanca a tinha convidado para almoçar. Isabella e Antonella iriam se juntar a elas. Sophia usava uma blusa de tricô clara e a franja balançava levemente quando ela sorriu e anunciou:— Mamãe, tenho uma notícia incrível: eu e Giovanni vamos viaja