Assim que voltei para casa, algo pareceu errado. O silêncio estava pesado, diferente do habitual.Deixei a bolsa sobre o aparador e fui até a sala, onde encontrei Isabelle sentada no sofá, os olhos perdidos, a respiração curta e acelerada. Suas mãos tremiam tanto que pareciam incapazes de se segurar em qualquer coisa.— Izzy? — me aproximei, preocupada. — O que houve?Ela não respondeu. Apenas continuou encarando o nada, como se estivesse presa em algum pensamento aterrorizante.— Isabelle! — chamei mais alto, agachando-me à sua frente e segurando suas mãos geladas. — Ei, olha pra mim! O que aconteceu?Ela começou a hiperventilar. Eu reconhecia aquilo. O medo tomou conta de mim.— Droga, Izzy! Respira! — tentei guiá-la, mas seus olhos estavam desfocados, perdidos.Foi quando percebi que era igual à última vez. Foi naquela época que tudo começou, quando ela terminou com Thomas, e todas as vezes que ouvia o nome dele, ou lia algo sobre ele, acionava o gatilho.Meu coração acelerou, mas
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