— Você precisa ir para casa. — A voz de Eric soou próxima, mas parecia distante demais para mim.
Minha atenção estava fixada na mulher deitada na cama, conectada a fios e monitores. Savannah estava ali, tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe.
— Eu não vou a lugar nenhum — murmurei, sem desviar os olhos dela.
Eric suspirou e se aproximou mais, cruzando os braços.
— Thomas… ela está sedada. Nem vai saber que você está aqui. Vá para casa, tome um banho, coma alguma coisa. Depois, você volta.
— Não.
Minha voz saiu firme, intransigente. Não havia a menor chance de eu sair dali.
Eric passou as mãos pelo rosto, exasperado.
— Cara, você está se torturando.
— E não deveria? — Minha risada foi amarga. — Eu a ignorei, Eric. Se eu tivesse simplesmente... Se eu tivesse dado a ela uma chance de falar comigo… ela não teria pegado o carro daquele jeito.
Minha garganta apertou.
— Ela poderia ter morrido — completei.
O peso dessas palavras caiu sobre mim como uma maldição. Meus dedos se fecharam cont