Os dias no hospital pareceram uma eternidade. A dor física já começava a se diluir, mas a dor interna, o vazio, a sensação de que tudo estava fora do lugar... essa doía com cada batida do meu coração.
Quando Isabelle apareceu para me buscar, com um sorriso frágil e o olhar cheio de cuidado, senti uma ponta de alívio. Mas logo veio a inquietação. Eu precisava de atualização. Precisava saber como estavam as coisas — na empresa, com Thomas, comigo mesma.
Ela assinou a papelada com uma pressa gentil e evitou falar demais.
No carro ela insistiu que eu não me preocupasse com nada.
— Você vai descansar hoje. Só hoje. Me promete isso?
— Isabelle, eu preciso ir até a empresa. Não sei como está a situação, ninguém me ligou, não recebi nem uma mensagem de Thomas... — Eu tentei argumentar.
Ela apertou o volante e desviou os olhos por um segundo.
— Você quase morreu, Savannah. Um dia. Só um dia de paz. A empresa vai continuar lá amanhã.
Algo na voz dela me fez parar. Tinha algo estranho... ela